Ondjiva - Quatrocentos e 99 engenhos explosivos foram desactivados no decurso do I trimestre deste ano, pelas operadoras de desminagem na província do Cunene.
A informação foi avançada esta quarta-feira pelo oficial de ligação da Agência Nacional de Acção contra Minas no Cunene, Mário Satipamba, referindo que do material consta 23 minas anti pessoais, oito anti tanque, 365 engenhos e remanescente de guerra, 101 munições de pequenos calibres e dois metais.
Mário Satipamba fez saber que os engenhos foram desactivados nos municípios do Cuanhama, Ombadja, Namacunde e Cuvelai, durante acções pontuais de desminagem.
Acrescentou que os engenhos explosivos não detonados foram encontrados fruto da denúncia de populares e outras em áreas suspeitas, com particular realce para a comuna da Môngua, onde anualmente há registo de mortes de incidentes com minas.
De acordo com o oficial, estão catalogadas 35 áreas consideradas de risco e propensa a minas, correspondendo a dois milhões e 800 metros quadrados, que carecem de trabalhos de desminagem.
Sublinhou que devido a problemas de ordem financeira, as operadoras têm realizado pequenas acções baseadas na recolha e destruição de engenhos explosivos diversos, bem como actividades de sensibilização sobre riscos de minas junto da comunidade rural e suburbanas.
O oficial de ligação fez saber que no período em causa cinco pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida em consequência de um acidente com mina registado na localidade de Naholo (Môngua).
No domínio da educação sobre prevenção de engenhos explosivos, disse que foram sensibilizados 812 cidadãos destes 454 são crianças.
A província do Cunene conta com três operadoras de desminagem: o Instituto Nacional de Desminagem (INAD), a Polícia de Guarda Fronteira e da Força Armadas Angolana (FAA).