Malanje- Deputados do círculo de Malanje deploraram este sábado o atraso que se regista na execução das obras do Plano de Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), na província, facto que condiciona o desenvolvimento sócio-económico e a qualidade de vida dos cidadãos.
Malanje foi contemplado com 142 projectos, dos quais 10 de responsabilidade central e 132 locais, avaliados em 26 mil milhões em kwanzas, sendo 42 ligados ao sector da educação, 16 da saúde, 21 da energia e águas e 25 de estradas, entre outros, incluindo de saneamento básico.
O atraso na execução das obras constitui preocupação dos parlamentares de Malanje, daí que manifestam-se constrangidos com a situação.
Em entrevista à ANGOP, a deputada do MPLA, Ana da Purificação disse que constatações feitas dão conta que para além da incapacidade de algumas empreiteiras, a paralisação das obras prendem-se com questões financeiras, daí que vêm trabalhando na advocacia junto do Ministério das Finanças para proceder os referidos pagamentos.
Realçou que ao longo do mês de Junho último, os deputados realizaram visitas a alguns municípios, para avaliar a situação sócio-economica e o grau de andamento do PIIM, tendo-se constatado haver atraso em todas as circunscrições, com excepção de Cambundi-Catembo onde foram já inaugurados sete dos oito projectos previstos.
A também coordenadora do grupo de deputados de Malanje, destacou que a não conclusão das obras de terraplanagem eleva o custo de vida das famílias, uma vez que dificulta o escoamento de produtos agrícolas, entre outras situações, daí que tudo deve ser feito no sentido de se retomar as empreitadas do PIIM.
Por sua vez, o deputado da UNITA, Carlos Xavier considerou que a paralisação das obras desvia os fins para os quais o Executivo gizou, sobretudo no que toca às escolas e unidades sanitárias, infra-estruturas sem as quais fica condicionada a formação de crianças e a assistência médica nas comunidades.
Reiterou a necessidade de o governo fazer esforços para ultrapassar a situação, embora a cabimentação financeira dependa do Ministério das Finanças.
Entretanto, o director do Gabinete Provincial de Infra-estruturas e Serviços Técnicos, Jorge Manuel, realçou que o governo vai responsabilizar as empreiteiras envolvidas nessa problemática e pondera rescindir contratos e adjudicar à outras empresas com capacidade para dar sequência as obras.
Precisou que serão envidados contactos para que até ao final deste ano sejam concluídas pelo menos as 22 empreitadas com execução física mais avançadas, com destaque para escolas e unidades sanitárias.
Acrescentou que das 142 obras contempladas para a província, apenas 54 estão concluídas e as demais estão paralisadas, apesar de algumas estarem já pagas. NC/PBC