Luanda - Com o objectivo de reforçar a conquista da paridade de género a nível dos órgãos de decisão, a deputada a Assembleia Nacional e representante do grupo de mulheres parlamentares, Cândida Maria Narciso, defendeu esta terça, em Luanda, a adesão das mulheres a nível das organizações política e social do país.
A posição foi manifestada pela deputada durante a mesa redonda sobre “Mulher, Justiça e Democracia”, organizado pela Acção Para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), em alusão ao mês da Mulher, onde referiu ser necessário que as jovens mulheres possam fazer parte das organizações política e social, uma vez a capacidade que muitas demonstram em questão do associativismo.
“A mulher tem a capacidade de amenizar a política e melhorar de certeza as relações dentro das organizações”, referiu.
Cândida Maria Narciso referiu que os esforços desempenhados pelas heroínas na luta para independência nacional, levou que hoje as mulheres passem a ser encaradas de modo diferente, citando assim como exemplo, a actual representatividade do género a nível do parlamento angolano, sendo que na primeira legislatura havia 35 mulheres e nesta quarta legislatura existem 69 mulheres.
“A nível do executivo houve uma grande evolução, hoje temos ministras em cargos importantes, no caso do Ministério das Finanças”, referiu.
Neste quadro, a deputada afirmou que esta acção se traduz também naquilo que é a boa governação e transparência, facto que levou o governo na implementação do orçamento programa, sendo introduzido os marcadores de género, que irá permitir que se aperceba como OGE tem afectado os homens e as mulheres.
Cândida Maria Narciso apelou ainda a todas as mulheres a aderirem os Balcões Único de Atendimento ao Público (BUAP), para o registo eleitoral.
Por sua vez, o director da ADRA Carlos Cambuta referiu que o encontro visou contribuir para a promoção e defesa dos direitos das mulheres angolana, bem como dar a conhecer o trabalho que a sociedade civil tem desenvolvido no âmbito do empoderamento da mulher, como destaque para a participação política do género.
Carlos Cambuta aproveitou a oportunidade para apelar as diferentes organizações femininas para que possam redobrar esforços e realizarem palestras de sensibilização, bem como monitorização junto das comunidades para que as mulheres possam ter uma participação activa nos vários processos de desenvolvimento, com realce para as eleições gerais próximas.