Ondjiva- O Gabinete da Acção Social, Família e Igualdade de Género na província do Cunene registou no III trimestre, deste ano, nove casos de denúncia de violência doméstica, contra os 23 do período anterior.
Dos casos registados, oito são de abandono familiar e um de agressão física, destes seis resolvidos, dois pendentes e um encaminhado ao Ministério Público.
A informação foi prestada esta segunda-feira à ANGOP, pela chefe de departamento da Família e Igualdade do Género no Cunene, Paula Ramos, salientando que os dados não reflectem o real quadro de violência doméstica na região, pelo que, encorajou as vítimas no sentido de denunciar os infractores.
De acordo com a responsável, apesar dos traumas que atingem em grande medida as mulheres e crianças, grande parte delas não denuncia os agressores por medo, conformismo, dependência e sobretudo por questões culturais.
Por este facto, muitas famílias, sobretudo das comunidades rurais, têm hoje cultura de não denunciar as várias situações anómalas que afligem a sua integridade física, psicológica e moral.
Entretanto, realçou que com o aproximar da jornada dos 16 dias de activismo de luta contra violência na mulher (25 de Novembro a 10 de Dezembro) a instituição vai reforçar as acções de consciencialização no seio das famílias para que as vítimas possam ter a cultura de denúncia.