Luanda - O corpo do jornalista angolano Ismael Mateus está a ser velado, na noite desta sexta-feira, no Quartel General do Comando do Exército ( Ex- R.I.20), em Luanda.
O jornalista, falecido terça-feira última de acidente de viação, na capital do país, será enterrado, sábado, no período da manhã, no cemitério da Santa Ana, onde amigos, familiares e colegas estarão para o último a Deus.
Segundo o governador do Namibe, Archer Mangueira, descreveu a figura do jornalista e escritor Ismael Mateus como uma pessoa que gostava do seu país e do povo.
Acrescentou que eram da mesma geração e tinham trajectória igual, pelo que as recordações são inúmeras, com caminhos comuns.
Sublinhou que carrega boas recordações sobre o jornalista.
Sustentou terem tido a última conversa em Malanje, na ocasião do foro dos municípios, onde ele esteve como membro do júri, do prémio do município.
Disse ainda terem falado bastante sobre a administração e a governação local, fazendo reflexões a volta de vários temas da política nacional.
"Mas o que tenho presente na minha memória foi o feedback que ele me deu em um livro sobre a geração da transição", enfatizou.
Jornalista desde 1981, Ismael Mateus nasceu em Luanda a 6 de Julho de 1963. Foi membro do Sindicato de Jornalistas Angolanos (SJA) e membro da União dos Escritores Angolanos.
Desde 1985, publicou textos de opinião, inicialmente na Rádio Nacional de Angola, sob os título na Cidade" e "Bué de Bocas" Na Rádio Luanda Antena Comercial (LAC), onde tinha a rubrica “Recados para o Meu Chefe".
Posteriormente, viria a publicar textos de opinião nos jornais Angolense, Cruzeiro do Sul e no Angolense.
Publicou o seu primeiro livro em 1992, a colectanea de textos radiofónicos "Bué de Bocas", numa Edipress. Lançou também a obra "Ascensão e Queda, de Bartolas Matias".
Foi coordenador da colectânea de textos "Angola, a Festa e o Lute", lançado por ocasião do 25° da Independência Nacional, em 2000.
Em 2001, pela editora Nzila, publicou o seu primeiro romance com o titulo "Os tempos de Yakalay 2003, publicou o livro "Sobras de Guerra".
Várias entidades da esfera social e política marcaram presença no velório. AB/SEC