Ondjiva – A delegada da Cruz Vermelha no Cunene, Regina Francisco, defendeu esta terça-feira, na cidade de Ondjiva, a necessidade de novos doadores para intervirem em acções de ajudas humanitárias e combate à fome nas comunidades.
Em declarações à ANGOP, a responsável disse que em função do impacto da fome e seca nas comunidades, é urgente a disponibilidade de mais doadores nacionais e internacionais para assistência às pessoas carenciadas.
“As famílias camponesas não conseguiram produzir nos seus campos agrícolas este ano, devido à falta de chuva, daí a necessidade de se mobilizar bens alimentares para atender situações de emergência na província”, afirmou.
Fez saber que estão a contar com um doador da Federação Internacional da Cruz Vermelha, que está a financiar o projecto denominado “Implementação da Resposta à Seca no Sul do País”, concretamente nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe.
Lembrou que no Cunene, o projecto abrange o município da Cahama, onde 300 famílias vulneráveis beneficiaram, no período de Janeiro a Setembro, de 15 milhões e 600 mil kwanzas, para a compra de animais destinados à reprodução.
Regina Francisco sublinhou que o projecto, dividido em quatro fases, está a atribuir a cada família uma quantia de 26 mil kwanzas e poderá abranger os municípios de Ombadja e Curoca.
Para além das transferências monetárias, a iniciativa tem outros pilares, entre os quais a distribuição de cestas básicas, reforço dos meios de subsistência e o desenvolvimento de acções de mobilização comunitária em saúde e nutrição.
O projecto conta com um financiamento de 10 milhões de dólares, disponibilizados pela Federação do Comité Internacional da Cruz Vermelha.
A província do Cunene vive, nos últimos anos, uma situação de seca cíclica que causou fraca colheita na produção agrícola das famílias e a escassez de água e pasto. PEM/LHE/OHA