Luanda - Mil famílias afectadas pelas cheias nas províncias de Luanda, Bié e Malanje, foram apoiadas pela Cruz Vermelha de Angola (CVA), em parceria com a Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) e do Crescente Vermelho (CV).
A informação foi prestada à ANGOP pela presidente da CVA, Delfina Cumandala, por ocasião do Dia Mundial da Cruz Vermelha, assinalado hoje, 8 de Maio, tendo referido que à assistência, no presente ano, abrangeu um total de 6.500 pessoas.
Conforme a responsável, à assistência incluiu apoio em dinheiro às pessoas que perderam suas residências e meios de subsistência devido às chuvas, sem contudo detalhar os valores por cada família.
Disse que a equipa da Cruz Vermelha tem trabalhado em estreita colaboração com a Protecção Civil e os Bombeiros, para identificar as localidades mais afectadas pelas inundações.
A presidente informou que o programa de apoio foi expandido para três meses, no intuito de atender 3.200 famílias nestas três províncias.
Explicou que além da assistência monetária e distribuição de comprimidos para tratamento de água, o projecto inclui a realização de acções de sensibilização comunitária em questões de saúde, higiene, segurança, abrigo, protecção, gênero e inclusão, bem como o engajamento activo das comunidades.
“Estamos comprometidos em não apenas fornecer ajuda imediata, mas também em capacitar e fortalecer as comunidades para lidar com futuras adversidades, de forma mais eficaz”, esclareceu.
Por outro lado, Delfina Cumandala revelou que a sua instituição forneceu assistência essencial às comunidades afectadas pela seca no sul de Angola, garantindo apoio contínuo às famílias vulneráveis.
“Até Dezembro de 2023, com o apoio da Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) e do Crescente Vermelho (CV), a Cruz Vermelha de Angola prestou assistência a 1.600 famílias, totalizando 10.400 pessoas nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe”, esclareceu.
A referida assistência prevê apoio imediato, através da assistência monetára e alimentar, além de acções de resiliência a médio e longo prazos.
Salientou que outras duzentas famílias receberam apoio para fortalecer a sua resiliência, através da provisão de animais de pequeno porte, sementes e insumos agrícolas.
A presidente falou que foram reactivadas quatro cozinhas comunitárias em dois municípios da província do Namibe, resultando no benefício directo de duas mil crianças.
A Cruz Vermelha originou-se da iniciativa de Jean Henry Dunant, que nasceu a 8 de Maio de 1828, na cidade de Genebra, na Suíça.
Durante a batalha de Solferino (Itália), ocorrida em 24 de Junho de 1859, Henry Dunant ajudou os soldados feridos e, depois, fez um lobby junto aos líderes políticos para adoptarem mais medidas de protecção das vítimas da guerra.
Actualmente, a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho constituem um movimento internacional humanitário, neutro e imparcial, não vinculado a qualquer Estado, com aproximadamente 97 milhões de voluntários internacionalmente. A sua fundação remota a 1863, na cidade de Genebra. AB/OHA