Luanda - A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) está implementar a Plataforma de Acção e a Declaração de Pequim, como um dos documentos norteadores da acção dos seus Estados Membros.
A Declaração da CPLP sobre o tema prioritário: "Inovação e mudança tecnológica, e educação na era digital para alcançar a igualdade de género e o empoderamento de todas as mulheres e raparigas", foi proferida, esta segunda-feira, em Nova Iorque, pela ministra angolana da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Ana do Sacramento Neto.
De acordo com uma nota de imprensa, a governante falava durante a plenária inaugural da 67ª Sessão da Comissão Sobre o Estatuto da Mulher, que decorre de 06 a 17 de Março, na sede da ONU, em Nova Iorque.
Na ocasião, realçou que implementação Plataforma de Acção e na Declaração de Pequim tem permitido a adopção de um vasto conjunto de recomendações destinadas a eliminar os obstáculos à participação plena e efetiva das mulheres em todas as esferas e a todos os níveis da vida pública e privada.
Assegurou que a CPLP está empenhada em garantir a igualdade de oportunidades nos processos de tomada de decisão em questões políticas, económicas, sociais e culturais, a fim de garantir o seu empoderamento.
A governante referiu que a CPLP tem sido um palco privilegiado de partilha de experiências e de congregação de esforços em torno de lutas comuns, em especial para a promoção da igualdade de género e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, em particular neste último ano.
“Desde que assumiu a presidência pro tempore da CPLP, na Décima Terceira Conferência de Chefes de Estado e de Governo, em Julho de 2021, Angola definiu como uma das prioridades a contínua necessidade da plena implementação da Plataforma de Acção de Pequim e a transversalidade da igualdade de género em toda a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável”, ressaltou.
Segundo Ana do Sacramento Neto, a comunidade reconhece que a pandemia da Covid-19, os conflitos que ainda afectam alguns Estados membros e as crises económicas agravaram as desigualdades causadas pelas clivagens digitais, uma vez que os mais pobres e mais vulneráveis, que são os mais duramente atingidos, ficam para trás no acesso às tecnologias de informação e comunicação.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa lamenta a situação de conflito que ainda se faz sentir em alguns Estados membros cujas consequências afectam maioritariamente mulheres e meninas, e compromete-se em envidar esforços na implementação da Resolução 1325, Mulheres Paz e Segurança, com a finalidade de reduzir os impactos negativos. VIC