Ondjiva - Quatro mil 705 trabalhadores das empresas do sector privado, na província do Cunene, perderam emprego entre Maio de 2021 a Maio de 2022, devido ao impacto negativo da Covid-19, menos 235 em relação ao período anterior.
Durante o período, 46 empresas, sobretudo de construção civil e do comércio de bens alimentares e matérias de construção, encerraram portas devido à crise financeira provocada pela pandemia.
A informação foi avançada hoje, domingo, na cidade de Ondjiva, pelo Secretário-geral da União dos Sindicatos do Cunene, Eliseu Honge, quando falava à margem do acto provincial alusivo ao 1 de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores.
Explicou que estes funcionários apresentaram as suas reclamações de despedimento, pelo facto de algmas empresas terem fechado e outras mostrarem-se sem capacidade para suportar os encargos, devido a redução na produtividade.
“As maiores inquietações que chegam a UNTA têm a ver com os funcionários que aceitam empregos sem primeiro acertarem as condições salariais e de trabalho e se deparam o salário ínfimo se queixam”, afirmou.
Eliseu Honge aconselhou os trabalhadores no sentido de alcançarem, primeiro o acordo com o empregador antes de aceitarem um trabalho, para evitarem situações menos boas.
O vice-governador para o Sector Político, Social e Económico, do Cunene, Apolo Ndinoulenga, disse que com a normalidade da pandemia, o Executivo angolano está a tomar medidas favoráveis para o crescimento da economia no país.
Informou que estas medidas estão a beneficiar as empresas e torná-las mais sólidas financeiramente, no sentido de terem capacidade de criarem investimento que promovem mais empregos aos jovens.
Apolo Ndinoulenga disse que a discussão em vigor sobre o salário mínimo nacional permitirá que se encontre consensos, na busca de um salário realista capaz de satisfazer no mínimo a cesta básica alimentar nas famílias.
O acto que decorreu sob o lema "Trabalhadores unidos direitos garantidos" foi marcado por uma marcha, encabeçada pelo vice-governador, Apolo Ndinoulenga.
O 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, teve origem nos acontecimentos de Chicago de há 136 anos, quando se realizou uma jornada de luta pela redução do horário de trabalho de 17 para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que mataram dezenas de trabalhadores.