Luanda – A autorização da construção, proximamente, de novas redes de distribuição de água potável na província de Luanda, num investimento de mais de 512 milhões de euros, para suprir a deficiência de abastecimento na capital do país, constituiu, entre outros, o destaque da semana que hoje, sábado, termina.
A anuência foi dada pelo Presidente da República, João Lourenço, segundo o Despacho Presidencial nº 289/23, de 12 de Dezembro.
As novas redes serão erguidas nas zonas de Cacuaco, Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, Quilómetro 30-Viana, Bom Jesus, PIV, Centralidade do Sequele e Pacote 1 Quilonga Grande.
A empreitada, que compreende a construção das redes de distribuição de água e respectivas ligações domiciliares e chafarizes, prevê instalações de apoio aos lotes Q11, Q12, Q14, Q15, Q17, Q18 e Q20, localizados no Sequele.
Num outro despacho, o Presidente João Lourenço autorizou a província de Cabinda a beneficiar de obras de construção e reabilitação de infra-estruturas essenciais, para a melhoria das condições de vida das populações locais.
A empreitada tem como objectivo melhorar os serviços básicos de educação e as condições de atendimento hospitalar em várias unidades de saúde.
No documento, o Presidente da República, João Lourenço, autoriza a despesa no valor global de dois mil, cento e noventa e três milhões de kwanzas, e a formalização de abertura do procedimento de contratação simplificada, pelo critério material, para a adjudicação dos contratos, no âmbito da reactivação do Fundo de Incentivo ao investimento em Cabinda (FICA), assegurado pelo Banco Angolano de Investimento (BAI).
Constituiu igualmente destaque o natal antecipado, promovido pelo Presidente da República, João Lourenço, e pela Primeira-dama, Ana Dias Lourenço, que agregou mais de trezentas crianças de vários centros infantis e de acolhimento das províncias de Luanda e de Cabinda.
A actividade, denominada “A roda do Amor”, aconteceu no Palácio Presidencial da Cidade Alta, em Luanda, teve como lema ”A Magia do Verde” e como pano de fundo a floresta do Maiombe, por intermédio de actividades lúdico-didácticas.
As crianças, com a orientação de professores e educadores de infância, apreenderam a importância da protecção do bioma florestal e também o conceito dos “3 Rs“ Reduzir, Reciclar e Reutilizar, a fim de evitar desperdícios e diminuir a produção de resíduos sólidos.
Os petizes aprenderam também como fazer hortas ecológicas e orgânicas com recurso a pequenos vasos, caixas de madeira, pneus velhos e até garrafas plásticas.
Mereceu também destaque o anúncio de arrecadação, pelo Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), de mais de 17,47 mil milhões de kwanzas, em quatro meses, no âmbito do processo de cobrança coerciva da segurança social, em curso no país.
Segundo os números revelados, pela ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias, nesse período foram notificadas 3 977 empresas, cuja dívida global está fixada em 47,41 mil milhões de kwanzas.
De acordo com Teresa Dias, trata-se do início do processo de Cobrança Coerciva das dívidas à Segurança Social ao abrigo do Decreto Legislativo Presidencial nº 2/19, de 11 de Março, que estabelece o Regime Jurídico de Regularização e Cobrança das Dívidas dos Contribuintes e Beneficiários à Entidade Gestora da Protecção Social Obrigatória
Nesta semana, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, defendeu, em Luanda, a necessidade de se prestar maior atenção as pessoas com autismo, para salvaguardar a sua integração social.
Falando no “natal solidário” com as pessoas portadoras de autismo, realizado no Centro de Inovação e Desenvolvimento para Inclusão no Distrito do Benfica, o governante defendeu um acompanhamento adequado, para uma melhor integração na sociedade.
João Baptista Borges considerou necessária a formação de profissionais capazes e competentes para lidarem, de forma pacífica e paciente, com esta franja da sociedade.
Ainda nesse período, a coordenadora do Fórum de Mulheres Jornalistas para a Igualdade do Gênero, Milena Costa, encorajou os jornalistas a primarem por matérias de investigação, especialmente sobre casos de peculato e corrupção.
Ao intervir na Formação Sobre Jornalismo Investigativo, dirigido aos profissionais de órgãos públicos e privados, a responsável salientou que ao se enveredar por este caminho, vai-se transmitir informação mais credível à sociedade.
Milena Costa frisou que o jornalismo investigativo é uma área pouco explorada pelos jornalistas, devido à sua devida complexidade, pois requer predisposição, tempo, paciência, transporte e meios financeiros para se desenvolver uma reportagem de fundo. OHA