Huambo – O Conselho Mundial das Igrejas reafirmou, esta terça-feira, no Huambo, o apoio aos seropositivos, com acções de formação e capacitação da sociedade, para se pôr fim à discriminação, ao preconceito e ao estigma.
Essa garantia foi dada pelo coordenador do Conselho Mundial das Igrejas nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), pastor Luciano Chanhelela Chianeque, à margem do workshop da Iniciativa Ecuménica da Luta contra o VIH/Sida e Advocacia.
Acrescentou que a organização vai continuar a capacitar os líderes religiosos e membros da sociedade civil sobre as consequências da discriminação e do estigma das pessoas infectadas pelo VIH/Sida, por ser a barreira que impede o diagnóstico, a prevenção e o tratamento da pandemia.
Segundo o pastor, a doença em sim não mata, desde que o paciente cumpra com todas as recomendações médicas, porém muitas pessoas acabam por sucumbir em consequência da rejeição social.
“As pessoas precisam de perceber que o tratamento que se dá aos seropositivos não é o mais adequado, com atribuições de nomes pejorativos, separação de objectos por eles utilizados, incluindo dentro da própria igreja,” referiu.
Por isso, disse, o Conselho Mundial das Igrejas vai continuar a trabalhar para tornar as denominações religiosas aptas no convívio com as pessoas infectadas pelo VHI/Sida, para se acabar com a ideia de que os seropositivos são indecentes ou irresponsáveis.
O pastor Luciano Chanhelela Chianeque realçou que o combate ao VIH/Sida deve ser uma tarefa de todos, através da testagem voluntária e da sensibilização generalizada.
Com a duração de dois dias, o evento, no qual participam jovens e adultos de distintas denominações religiosas, decorre no templo sede do Pastorado do Redentor da Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA), sob lema “Diálogo internacional face à Covid-19”.