Luanda - Os participantes da Conferência da Organização das Primeiras-Damas para o Desenvolvimento (OPDAD) recomendaram sexta-feira, em Luanda, o reforço das acções orientadas à inclusão escolar, formação e capacitação das meninas e jovens mulheres, para o seu empoderamento e protecção física.
De acordo com o comunicado final da conferência, testemunhada pelo Presidente da República, João Lourenço, os participantes recomendaram a promoção de campanhas de sensibilização sobre valores morais e éticos junto das famílias, de modo a desencorajar práticas culturais que atentam contra os direitos humanos, especialmente contra crianças.
Por outro lado, os participantes concluíram que o uso excessivo de bebidas alcoólicas por parte dos jovens tem contribuído para sequelas emocionais, déficit de memórias, baixo rendimento escolar, retardo no aprendizado e no desenvolvimento de habilidades, entre outros problemas.
Consideraram que o engajamento dos jovens na prática de actividades desportivas representa um papel fundamental no combate ao elevado índice de violência e criminalidade no seu seio.
Sublinharam que os direitos sexuais e reprodutivos são matérias de grande análise no que se refere à equidade de género, dada a sua importância e impacto na vida de raparigas e rapazes, jovens e mulheres e encontram-se protegidos pela Declaração Universal do Direitos Humanos, pelo Protocolo de Maputo e pela Constituição da República de Angola.
A Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, reiterou o seu empenho pessoal na criação de uma frente única para a protecção da criança e da mulher contra todo o tipo de violência.
Sob o lema "A Educação para a Igualdade de Género e a Luta contra a Violência Infanto-Juvenil", o evento reuniu várias entidades nacionais e internacionais, com destaque para as Primeiras-Damas Africanas, deputados à Assembleia Nacional e membros do Executivo.
Contou também com a presença de representantes das missões diplomáticas acreditadas em Angola, de organizações internacionais, entidades eclesiásticas e da sociedade civil, assim como responsáveis de instituições académicas ligadas à protecção e assistência social. CPM/MCN