Dondo - O comandante do Exército das Forças Armadas Angolanas (FAA), Tenente General, António José de Sousa Queiroz, defendeu nesta sexta-feira, em Cambambe, (Cuanza Norte), a elevação do nível académico, técnico e profissional dos militares, como premissas, fundamentais, para melhor interpretação dos fenómenos de guerra à escala global.
Ao pronunciar- se na cerimónia de encerramento do Décimo Curso de Cadetes do Batalhão de Inteligência Militar Operativa (BIMO), sustentou que o mundo assiste ao cenário de guerra altamente complexo que exige de Angola maior e melhor interpretação, para fazer face à eventuais choques que põe em risco a segurança e a integridade nacional.
Perante este quadro, aludiu, não é ao acaso que o governo, através dos respectivos órgãos de defesa, procede aos ajustamentos, nos mais variados domínios, essencialmente na capacitação e potenciação dos militares.
O actual contexto, próprio de um mundo globalizado, remete aos países e, em particular Angola, ao sentimento de incertezas, sendo a defesa da integridade territorial um imperativo que deve nortear o estado de prontidão das FAA, em particular, o exército que, de modo geral, tem contacto permanente com outras esferas, incluindo nas áreas fronteiriças.
Neste sentido, reforçou António Queiroz, as instituições castrenses têm como principal missão a defesa dos interesses inalienáveis da República de Angola, a salvaguarda da independência nacional, a paz e de outras conquistas alcançadas ao longo da sua trajectória, com muito suor e sangue, o que implica a promoção de várias acções formativas, à semelhança do Décimo Curso de Inteligência Militar Operativa, que encerrou hoje.
O actual cenário, que caracterizou "altamente" complexo, suscita o desencadear pelo governo de medidas urgentes e assertivas, visando combater o terrorismo, o crime organizado, a imigração, o contrabando, a lavagem de dinheiro, o tráfico de drogas, de órgãos e seres humanos, em níveis e velocidades incalculáveis, que a todo custo devem ser travados e que implicam um novo desafio para militares.
Para António José de Sousa Queiroz, exército angolano é obrigado a cumprir este desiderato, para não defraudar a confiança em si depositada, como garante da estabilidade nacional, primando pelo respeito aos símbolos nacionais, à defesa do povo e às instituições do estado.
Com a duração de três meses, os 128 cadetes tiveram formação de especialização, terminada a fase de selecção e recrutamento pré-operativo, com passagem pela região militar Cabinda e serão colocados nas respectivas unidades.
Presenciaram a cerimónia de encerramento do curso, o chefe de Direcção, Instrução e Ensino Militar do Exército, Tenente General, Simão Carlitos Wala, o administrador municipal de Cambambe, Adão António Malungo, entre outros oficiais das Forças Armadas Angolanas.