Caxito – Cinquenta e um milhões de Kwanzas é valor da dívida dos moradores da Centralidade do Capari, província do Bengo, à Empresa Pública de Água de Luanda (EPAL), nos últimos três meses.
A informação foi prestada à ANGOP pelo porta-voz da instituição, Vladimir Bernardo, que esclareceu que a facturação do consumo de água na centralidade é feita por “estimativa” (sete mil kwanzas/mês), devido a falta de contadores.
Por este facto, grande parte dos moradores têm demonstrado resistência no pagamento, obrigando a EPAL a efectuar cortes aos incumpridores.
Para a regularizar a situação, a empresa de água estuda a possibilidade de, ainda este ano, arrancar com o processo de instalação de contadores pré-pago.
Já os moradores consideram o valor do serviço pós-pago elevado, uma vez que o abastecimento tem sido muitas vezes irregular.
Em declarações à ANGOP, João Inácio é de opinião que se instale o serviço pré-pago para que o consumidor possa pagar apenas o que consume.
Domingas Makuta, também cliente, criticou os cortes que a EPAL está a efectuar e sublinha que em período de pandemia não se deveria ocorrer. Alerta, no entanto, os moradores para a necessidade de, aos poucos, regularizarem as suas contas.
Na Centralidade do Capari o abastecimento de água é feito diariamente no período das 6 às 10 horas e das 16 às 19 horas.
Para a abertura do contrato de água é necessário um depósito no valor de 600 kwanzas e a quantia de sete mil kwanzas/mês referente ao consumo normal.
A EPAL no Capari controla 516 clientes e prevê durante este mês (Fevereiro) atingir a cifra de 634, com o aumento de 118 novos clientes.
Localizada a Sul da cidade de Caxito, a Centralidade do Capari, foi concebida para a construção de 4.000 fogos numa área de 90,5 hectares, para albergar uma população estimada de 24.000 habitantes.