Luanda - O Conselho das Igrejas Cristãs de Angola (CICA) pretende elaborar uma agenda ecuménica para o resgate dos valores morais e cívicos para o fortalecimento das famílias, informou, esta terça-feira, a secretária-geral da organização, Deolinda Teca.
Falando na I Conferência Nacional Ecuménica sobre os resgates dos valores morais e cívicos, referiu que estes princípios devem ser cultivados a partir da família para que tenham reflexo na sociedade.
Disse que a igreja reconhece o esforço de outros intervenientes na promoção e valorização destas referências comportamentais, que fazem parte da nação e da dignidade humana.
A reverenda admitiu ser um grande desafio para a própria igreja, embora seja uma reserva moral, que tem cumprido seu papel por meio dos ensinamentos bíblicos.
A conferência, organizada no âmbito da Bienal de Luanda, visou, entre outros aspectos, analisar a contribuição dos cristãos e da sociedade civil sobre os princípios a adoptar para o resgate dos valores morais, cívicos e religiosos.
Serviu também para reflectir sobre o comportamento dos cristãos diante dos desafios do presente e futuro, para a construção de uma sociedade estável, onde impera a transparência e a justiça social.
Por seu turno, o presidente do Fórum Cristão Angolano, reverendo Luís Nguimbi, disse que a família será sempre o topo da hierarquia da humanidade, por isso, o Estado deve ter uma acção mais coerente para a sua defesa.
Já o líder da Conferência Anual do Oeste de Angola da Igreja Metodista, Gaspar João Domingos, disse que os valores cristãos são cultivados desde a nascença e fortalecidos por outras organizações que ditam também os princípios pelos quais devem se reger a sociedade.
Disse ser fundamental o diálogo entre as gerações para se perpetuar os laços, bem como aprimorar os métodos de transmissão do legado.
O director do Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos (INAR), Adilson de Almeida, afirmou que a Bienal Luanda é oportunidade para se reflectir na necessidade de estabilização das sociedades, tendo em conta os vários conflitos que grassam pelo mundo.
A Bienal vai significar um ponto de reflexão e a montagem de uma estratégia para contribuir na pacificação do mundo, em especial do continente africano. MGM/ART