Caxito – Mais de 500 residências estão inundadas e mais de 50 moradias desabaram em Caxito, província do Bengo, em consequência das chuvas intensas que se registam nos últimos dias na região.
Os bairros mais afectados são o Kitonhi, Kingungo e Kixiquela onde as residências são de construção precária (adobe) e não resistem a força das águas.
Para além das chuvas, contribuiram também para a inundação o transbordo da vala de irrigação do Perímetro Irrigado de Caxito.
Além de residências, algumas escolas estão igualmente inundadas, condicionando a frequência dos alunos às aulas.
Para acudir a população, a administração disponibilizou sete motobombas para a sucção das águas nestes bairros.
O administrador municipal do Dande, Domingos Lourenço, esclareceu que, neste momento, a prioridade passa pelo realojamento da população afectada no centro de acolhimento das Mabubas e no Sassa.
“Não é o mais adequado, mas é o possível. O governo provincial tudo está a fazer para socorrer as pessoas afectadas”, disse.
Nessa altura os bombeiros estão a fazer a limpeza das áreas afectadas, enquanto os técnicos de saúde fazem a desinfestação dos locais.
Recorde-se que desde o mês de Janeiro que o município do Dande tem registado um aumento da precipitação, deixando muitos bairros inundados.
Durante o mês em referência, a população dos bairros Cawango, Bula, Bucula, Kaludende, bairro 8, Baxeira do Kissoma, Mussungo e Caboxa foi igualmente afectada e teve de ser realojada no centro de acolhimento criado no bairro 25, nas Mabubas e no antigo "Bengo Hotel," na cidade Caxito.
Nesta altura multiplicam-se na província as acções de solidariedade para com os sinistrados.
Por outro lado, as autoridades sanitárias no Bengo estão a intensificar as acções de prevenção e combate à malária com a distribuição de mosquiteiros, a fumigação, o reforço da luta anti-larval e a realização de palestras nas comunidades com o objectivo de reduzir o número de casos da doença, nesta altura em que chove com muita intensidade.
Já alguns moradores agastados com a situação estão a abandonar as suas residências em busca de melhores zonas para habitar. CJ/IF