Lubango – Duas mortes, das quais a de uma menor de cinco anos de idade, por desabamento de um muro, foram registadas nas últimas 24 horas, fruto da forte chuva acompanhada de ventos e descargas eléctricas que se abateu sobre o Lubango na segunda-feira.
A informação foi avançada à ANGOP hoje, terça-feira, no Lubango pelo porta-voz em exercício do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros da Huíla, Francisco Matias, referindo que a menor residia no bairro Patrice Lumumba e estava no quintal, junto ao portão de casa, quando o muro caiu sobre ela.
Referiu que dados colhidos no depoimento do tio da menina, tudo ocorreu quando a mãe encontrava-se no antigo mercado do Tchioco a comercializar os seus produtos e a menor que morreu logo depois do desabamento, teria ficado aos cuidados da irmã de 14 anos de idade.
A outra morte, segundo Francisco Matias, foi por descarga eléctrica, vitimando uma mulher de 44 anos de idade e ferido três, dos de oito a 35 anos, com queimaduras do primeiro grau no rosto, região lombar e membro inferior, todos encaminhados à uma unidade hospitalar da cidade.
O porta-voz referiu que durante o período registaram ainda o desabamento parcial de duas residências no bairro da Mapunda, na qual uma das famílias foi retirada da casa, em função do risco de desabamento total, tendo sido abrigada por familiares.
Alistaram ainda a descobertura de um tecto habitacional no bairro Comandante Nzaji, de uma nave com cinco compartimentos na Unidade Policial de Intervenção Rápida (UPIR), com apenas danos materiais.
Os bombeiros registaram ainda com as chuvas duas quedas de árvores, uma no bairro Comandante Nzanji, na via pública, tendo causado o rebentamento de um cabo eléctrico de baixa tensão e outras no bairro Comercial, que provocou a interdição da via pública.
Fez saber que os bairros no município do Lubango que mais preocupam em termos de desabamento estão o Patrice Lumumba, Mapunda e periferias do Comandante Nzaji.
Apelou às pessoas a redobrarem os cuidados, principalmente as mães a estarem atentas às correntezas dos rios, fruto das chuvas, quando estiverem à beira dos mesmos a lavar, pois podem estar iminência de serem arrastadas pelas correntezas.
Já as famílias com residências de construção precária, Francisco Matias reforçou que devem evitar ficar nas encostas das paredes, em risco de desabamento, prestando mais atenção nas crianças. EM/MS