Xá-muteba – O ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Manuel Tavares, disse esta quarta-feira, em Xá-muteba, província da Lunda Norte, que o excesso de chuvas associada a questões financeiras, têm provocado constrangimentos na reabilitação do troço Malanje/Saurimo, numa extensão de 625 quilómetros, na Estrada Nacional 230 (EN-230).
As obras iniciadas em Setembro de 2020, contempla duas faixas de rodagem com uma largura de 3,5 metros cada, bermas de dois centímetros e sinalização.
Trata-se de um troço importante para o desenvolvimento socioeconómico do Leste de Angola, porque liga esta região ao resto do país e serve para o transporte de bens essenciais para as províncias da Lunda Sul, Lunda Norte e Moxico.
“A partir de Xá-muteba nós constatamos muita dificuldade na execução dos trabalhos devido a excedência de chuvas, quase todo ano, isso tem trazido alguns constrangimentos, entretanto já foram encontradas algumas soluções para dar outra dinâmica ao andamento das obras”, disse.
Em declarações à imprensa, no final da visita de constatação das obras de reabilitação da EN-230, o ministro recomendou aos empreiteiros, que se priorize a conclusão dos troço já com a capa de asfalto, para assegurar o melhor tráfego aos utentes da via e naqueles segmentos em que o asfalto ainda está em boas condições, fica para o fim.
“Estamos aqui a estabelecer um compromisso com os empreiteiros no sentido de fazer um esforço de recuperação, para até o mês de Julho do ano em curso, 50 por cento de todo troço em estado avançado de degradação esteja recuperado, deixando para depois aqueles segmentos que ainda têm asfalto para trafegar”, realçou.
Avançou que os empreiteiros agora vão reprogramar um novo prazo da execução de toda a empreitada, em função dos pagamentos que ocorreram recentemente.
Ravinas
Relactivamente às ravinas, o ministro reiterou que foi recentemente aprovado na Reunião de Governação Local, a descentralização de intervenção, onde ficou definido que os governos provinciais passarão a “atacar” de imediato as ravinas em formação, já as formadas e em progressão serão da responsabilidade do Ministério das Obras Públicas.
Disse que as ravinas formadas e em progressão fazem parte das obras de emergência, são suportadas pelo Fundo Rodoviário e na medida que houver disponibilidade financeira o ministério intervirá naquelas que têm níveis de progressão avançada, sobretudo ao longo das estradas nacionais.