Lobito - As centralidades dos municípios do Lobito, Catumbela e Baía Farta criaram pressão ao sistema de abastecimento de água, afirmou o Presidente do Conselho de Administração da Empresa Provincial de Água e Saneamento de Benguela (EPASB), Paulo Jorge.
Segundo o PCA, na altura da sua construção, não foi tido em conta a capacidade de produção da empresa.
"Elas começaram a ser abastecidas por um sistema já existente e se antes já existia deficit, com o acréscimo, a capacidade de resposta diminuiu claramente", esclareceu.
Actualmente, a capacidade de produção da EPASB é de 1.5 metros cúbicos de água por segundo e a previsão do Governo Provincial é de elevar para 3.5 m3 por segundo.
Paulo Jorge disse que o abastecimento de água na centralidade do Luhongo é satisfatório, enquanto que na Baía Farta é apenas três vezes por semana.
Já no Lobito, "graças ao investimento do Fundo de Fomento Habitacional (FFH), que colocou uma estação elevatória e uma conduta de 400 milimetros que canaliza a água para a centralidade e alguns bairros vizinhos".
"Neste momento tem recebido água de forma controlada de forma a colmatar o deficit que havia", disse.
Questionado sobre os desafios para 2024, Paulo Jorge afirmou que as obras emergenciais, que tiveram início o ano passado, vão ser concluídas este ano.
Entre as principais acções, constam a recuperação da Estação de Tratamento de Águas (ETA) do Luhongo e o aumentp do campo do Chiule, ambos na Catumbela.
Lembrou que, o ano passado, foram construídos no campo do Chiule sete furos de captação de água, com capacidade de 180 metros cúbicos, perfazendo um total de mil e 225 metros cúbicos.
"Vamos duplicar a produção do campo do Chiule para abastecer as zonas altas a Catumbela e do Lobito.
Em relação à qualidade da água, o PCA revelou que a empresa tem um laboratório que faz a monitorização do líquido de toda a rede de distribuição da ETA do Luhongo.
"Os resultados desses parâmetros estão dentro dos padrões admissíveis pela Organização Mundial da Saúde (OMS), assegurou.
Afirmou, no entanto, que a zona sul de Benguela, por ter ainda alguma tubagem feita de fibrocimento, da era colonial, apresenta uma água abaixo dos níveis aceitáveis. TC/CRB