Ondjiva - As preocupações constantes do caderno reivindicativo das centrais sindicais de Angola foram debatidas, este sábado, por trabalhadores de diferentes ramos de actividade na província do Cunene.
Como pano de fundo, está a exigência da melhoria salarial dos trabalhadores a 250 por cento e a adopção de novas políticas macro-económicas para fazer face à situação económica e financeira actual.
De acordo com o coordenador do grupo de acompanhamento das centrais sindicais para a província do Cunene, António Kalombo, a acção visa informar os trabalhadores como está o processo do caderno reivindicativo entregue ao Executivo em Setembro de 2023, que visa a negociações da implementação de vários pontos.
Disse que a mega assembleia visa dar a conhecer a todos os trabalhadores as medidas impostas pelos sindicatos remetido ao governo e medir o grau de adesão e a colher assinaturas dos trabalhadores, para dar suporte a declaração da greve nacional prevista para 14 de Março.
Fez saber que o caderno reivindicativo divulgado, surge em função do facto de não terem sido satisfeitas as recomendações do Memorando de Maio de 2022 e da Declaração Final, apresentados por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador., assim como da actual conjuntura económica que o país vive, caracterizado pela perda do poder de compra das famílias.
Realçou que o caderno reivindicativo tem no essencial a melhoria salárial, subsídios e outras regalias aos funcionários públicos e empresas privadas visando o bem-estar das populações, mediante a adopção de novas políticas económicas para fazer face à inflação, os níveis de desemprego
Já o secretário da UNTA-CS no Cunene, Eliseu Honge, enalteceu a importância do encontro, que vai colher resultados para o bem dos trabalhadores angolanos, pelo que solicitou maior participação e contribuição nos temas abordados.
Recordou que as associações sindicais na qualidade de defensores de trabalhadores e parceiro do governo, devem continuar com o trabalho de mobilização e sensibilização dos trabalhadores para denunciar injustiças em diferentes campos de trabalho em que são alvos e propor soluções mais consertadas.
Angola conta com três Centrais Sindicais, nomeadamente União Nacional dos Trabalhadores Angolanos - Confederação Sindical (UNTA-CS), Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), e pela Força Sindical, que engloba sindicatos de vários ramos de actividades.FI/LHE/VIC