Lobito - As centrais fotovoltaicas do Biópio e da Baía Farta, na província de Benguela, estão operacionais e servem de meio alternativo de fornecimento de energia sempre que há interrupção no sistema (backup), afirmou, este sábado, o presidente do Conselho de Administração da PRODEL.
Numa visita de constatação sobre o estado técnico da central fotovoltaica do Biópio, no município da Catumbela, Pedro Afonso explicou que a manutenção das linhas de transporte leva em média sete horas para substituição da cadeia de isoladores do sistema.
Para se evitar períodos prolongados sem energia eléctrica, essas centrais jogam um papel fundamental.
Com este esclarecimento, o PCA dissipou rumores segundo os quais as centrais fotovoltaicas construídas no Lobito e na Baia Farta não funcionam.
Questionado sobre a quatidade de energia injectada por ambas centrais ao sistema interligado, afirmou que a do Biópio tem uma capacidade de 188 megawatts, enquanto que a da Baia Farta dispõe de cerca de 90 MW.
Referindo-se aos "apagões" de energia que ainda vão se registando na província, justificou que os factores são vários, mas que as equipas de engenharia vão estudando para buscar soluções para resolver o problema.
"O que se pretende agora é reduzir ao máximo o tempo de interrupção do abastecimento de energia às populações", afirmou.
Segundo o gestor da PRODEL, a capacidade instalada da rede nacional ainda é insuficiente para a demanda.
Lembrou que a energia fornecida num passado recente era maioritariamente de fontes térmicas.
Sobre este aspecto, informou que as interrupções eram causadas na sua maioria pelo estado obsoleto daquelas centrais, por isso, houve necessidade de se fazer um reforço no âmbito do Plano Nacional de Segurança Energética.
Porém, referiu que as centrais térmicas não foram totalmente descartadas, para, nos "casos severos", haver sempre alternativas.
A transição energética iniciou entre 2016 e 2017 e houve investimentos no aumento da capacidade de produção para facilitar o cumprimento dos planos de manutenção.
"Benguela tem sido alimentada pela Rede Nacional de Transporte, no sistema interligado, onde fazem parte dez províncias", afirmou.TC/CRB