Luanda – O processo de actualização cartográfica a nível da província de Luanda, no quadro da preparação do Censo 2024, está acima dos 50 por cento.
O resultado foi apresentado, nesta quinta-feira, durante a reunião da Comissão Multissectorial para o Censo 2024, orientada pelo seu coordenador, ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado.
Em declarações à imprensa, o porta-voz da referida Comissão, Hernâni Pena Luís, informou que este processo continua a decorrer apenas em Luanda, com um nível satisfatório e a bom ritmo, podendo permitir rapidamente efectuar o procedimento nas restantes províncias do país.
O também director-geral adjunto do Instituto Nacional de Estatística disse que o encontro realizou-se para passar em revista os principais temas ligados às tarefas recomendadas ao grupo técnico pelo coordenador da equipa no último encontro.
Salientou que à luz dessas orientações, fez-se uma avaliação satisfatória dos níveis de cumprimento pelos grupos técnicos e dos apoios dos distintos departamentos ministeriais envolvidos.
Anunciou que nos próximos dias vão tornar público o início do recrutamento de cartógrafos e motoristas, para assegurar o início do processo em todo território nacional.
“Queremos com isso tornar que o processo possa ser mais célere e, só depois dessa fase, poderá então seguir-se o momento de recolha efectiva da informação censitária”, acrescentou.
Recordou que a realização do Censo Piloto, a 19 de Julho próximo, será um momento de teste, por forma a se verificar a capacidade de recolher as informações a nível do país, bem como para aferir a competência dos meios tecnológicos que vão usar para recolha de dados definitivos do Censo.
A realização do Censo é uma recomendação das Nações Unidas que acontece num período de dez anos, para se poder catalogar a dinâmica populacional dos países.
A história do censo angolano
A primeira tentativa para registar dados populacionais em Angola aconteceu há 244 anos, promulgada pelo ministro Martinho de Melo Castro.
Na época, a iniciativa de 21 de Maio de 1770 permitiu obter uma estimativa da população categorizada por idade, sexo, nascimento e morte.
Mais tarde, no século 20, houve recenseamento da população entre 1940 e 1970.
Segundo dados oficiais, o Censo realizado em 1970, ou seja, antes da independência, contabilizou cerca de 5,6 milhões de pessoas.
Em 2014, o país realizou o primeiro Recenseamento Geral da População e Habitação depois da independência, que teve lugar no período de 16 a 31 de Maio, onde a população angolana ficou estimada em 25 milhões 789 mil e 24 habitantes, dos quais seis milhões 945 mil e 386 viviam em Luanda.
Deste universo populacional, 12 milhões 499 mil e 041 são homens e 13 milhões 289 mil e 983 são mulheres, na qual Luanda, Benguela, Huambo, Huíla, Cuanza Sul, Uíge e Bié, foram consideradas as províncias mais populosas de Angola. SJ/ART