Menongue – A província do Cuando Cubango registou, de Janeiro a presente data, 180 casos de violência doméstica, mais três comparativamente ao período homólogo de 2023, com destaque para casos de falta de prestação de alimentos.
Dos casos, 64 foram resolvidos, nove resultaram em separação por concórdia de ambas as partes e outros nove encaminhados à Procuradoria - Geral da República.
Os dados foram apresentados hoje, quinta-feira, pela directora do Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade do Género no Cuando Cubango, Aida Rosalina Pedro Manuel, na abertura da Campanha dos 16 Dias de Activismo, que tem como objectivo pôr fim à violência contra a mulher e a menina.
Segundo a responsável, pretende-se com os 16 dias de activismo, que terminam no próximo dia 10 de Dezembro, entre outras finalidades, desenvolver acções de sensibilização, consciencialização e envolvimento das famílias angolanas na luta contra a violência.
Indicou a realização de mesas redondas, palestras nas escolas e unidades militares, tendas de aconselhamento familiar a nível dos nove municípios, sendo, só para o dia de hoje, quinta-feira, já foram promovidas, em Menongue, temas sobre a violência doméstica baseada no género, negócio seguro e empreendedorismo baseado no cooperativismo e associativismo.
Já a vice-governadora para o sector Político, Económico e Social, Helena Chimena, considerou que a campanha é um marco importante que convida a todos a reflectir sobre os avanços que foram alcançados, bem como das desigualdades persistentes e que afligem muitas mulheres e meninas.
Helena Chimena considerou o lema “Vamos nos unir para acabar com a violência contra a Mulher” é um chamado à acção e à mobilização de todos os cidadãos e instituições, a fim de erradicar a violência em todas as suas formas.
Helena Chimena pediu, ainda, maior desempenho da sociedade civil, das organizações comunitárias e dos próprios cidadãos nesta tarefa, porquanto só com a união será possível dar-se uma resposta forte e eficaz à violência de género.
“O trabalho de prevenção, acolhimento e suporte às vítimas é essencial. Devemos garantir que nenhuma mulher ou menina seja deixada para trás no processo de combate à violência”, advogou, para quem desta forma se pode alcançar um futuro em que esse fenómeno seja erradicado e a igualdade de género seja uma realidade visível na sociedade. ALK/FF/PLB