Ondjiva- Trezentos e 47 casos de violências domésticas foram registados ao longo do ano de 2022, na província do Cunene, contra os 357 de 2021, soube esta sexta-feira à ANGOP da directora do gabinete da Acção Social, Família e Igualdade do Género, Georgina Braga.
De acordo com a responsável, os casos registados 135 deram entrada no Serviço de Investigação Criminal, 115 nos Centros de Aconselhamento Familiares, 86 na Procuradoria da República e nove no Tribunal.
O abandono da família, a falta de prestação alimentar, violação sexual e as agressões físicas, violência psicológica, patrimoniais, sexuais são entre outros, os principais casos registados nestas instituições.
A responsável esclareceu que a nível dos centros de aconselhamento familiar apenas os municípios do Cuanhama, Namacunde, Ombadja e Cuvelai tiveram registo de denúncias.
Disse que muitas das vítimas, sobretudo os casos da não prestação alimentar e das agressões físicas, preferem fazer denúncia junto aos órgãos de justiça, no sentido de ver os seus problemas resolvidos pontualmente.
A responsável apontou os conflitos conjugais, desemprego e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas como as principais causas de violência doméstica.
Georgina Braga disse que apesar da redução a violência doméstica continua a ser uma forte ameaça à saúde da mulher (maior vítima) é obstáculo à sua promoção e participação activa no desenvolvimento do país.
Fez saber que a redução é resultado das acções de sensibilização sobre a importância do diálogo, como forma de promover um ambiente saudável para resolver um problema no seio familiar.
O Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade do Género no Cunene, controla seis Centros de Aconselhamento Familiar nos municípios do Cuanhama, Namacunde, Cuvelai, Curoca, Cahama e Ombadja.
A Lei n.º 25/11 de 14 de Julho de 2011 estabelece o regime jurídico de prevenção da violência doméstica, de protecção e de assistência às vítimas.