Malanje- Trezentos e um casos de violência doméstica, com destaque para abandono familiar, violência física, psicológica e sexual, foram registados no primeiro semestre deste ano, em Malanje, contra 766 do igual período de 2023.
A informação foi prestada hoje, segunda-feira, pela chefe de Departamento da Família e Igualdade do Género, Domingas da Silva José, durante uma palestra sobre a “Violência doméstica e seus obstáculos no desenvolvimento da mulher e competências familiares” que marcou a abertura das jornadas comemorativas do 31 de Julho, Dia da Mulher Africana.
De acordo com a responsável, a redução dos casos (-465), deve-se as acções de sensibilização e palestras levadas a cabo pela instituição junto das famílias.
Precisou que dos 301 casos de violação, 147 foram solucionados, 138 encontram-se pendentes e 16 encaminhados ao Tribunal Provincial.
Na ocasião, a administradora municipal adjunta para a área social e das comunidades, Aidnes Lameirão destacou o papel da mulher África, sobretudo de Angola no desempenho das suas tarefas profissionais e domésticas, contribuindo para o desenvolvimento sustentável das famílias e da sociedade em si.
Apelou igualmente as mulheres no sentido de trabalharem para o seu empoderamento e para a unificação das suas.
Em relação a jornada ora aberta, a administradora considerou ser uma forma de enaltecer o papel da mulher africana na preservação dos valores socioculturais, promovendo famílias mais integradas, inclusivas e participativas.
Enquanto isso, o psicólogo clínico Ginga Pedro, ao dissertar a palestra apontou a violência doméstica como sendo uma transgressão dos direitos humanos, bem como um problema de saúde pública, cujos controlos tendem a alarmar-se, sendo a física e sexual, as que mais afectam a moral e atentam contra a sociedade.
O Dia da Mulher Africana, comemora-se a 31 de Julho e foi instituído em 1962 em Dar-Es-Salaam, na Tanzânia, por 14 países e oito movimentos de libertação nacionais, durante uma conferência das mulheres africanas.
A jornada decorre sob o lema “Investir na educação, Garantir o Futuro das mulheres e raparigas em África” e reserva debates sobre o casamento, união de facto e herança de família, educação e inclusão financeira, feira de artes e ofícios e excursão turística. RM/NC/PBC