Huambo – Os 32 cadáveres, entre crianças e adultos, abandonados, há seis meses, na morgue do Hospital Geral do Huambo (HGH) foram sepultados colectivamente, no último fim-de-semana, numa iniciativa das autoridades locais, soube a ANGOP, esta segunda-feira.
O funeral administrativo resultou de uma acção, entre a direcção da maior unidade hospitalar e da Administração municipal do Huambo, depois de um aturado trabalho de localização dos familiares, na sua maioria, sem efeito.
Em declarações à imprensa, o director administrativo do Hospital Geral do Huambo, Miguel Alfredo, disse que, dos cadáveres abandonados, uns foram recolhidos na via pública, vítimas de acidentes de acidente de aviação, o que dificultou a identificação dos familiares, enquanto outros tiveram morte hospitalar, porém abandonados pelos ente queridos.
Informou que o Hospital Geral do Huambo dá um período máximo de 100 dias para que os corpos sejam retirados da morgue pelos familiares, findo prazo, é dado como abandonado.
Miguel Alfredo apelou às famílias a se deslocarem na morgue sempre que um dos membros tiver ausente por um longo período de tempo, pois muitos dos corpos são colocados aí pelo Serviço de Investigação Criminal.
Pediu, igualmente, aos cidadãos, quando tiverem um parente falecido na unidade hospitalar, para não o abandonarem, visto que tal situação tem obrigado a direcção do hospital a fazer gastos com funerais colectivos, quando devia canalizá-los para outros projectos em benefícios de todos.
O último funeral colectivo, realizado pelo Hospital Geral do Huambo e a Administração Municipal, decorreu em Julho de 2022.
Dados divulgados recentemente pela direcção do Hospital Geral do Huambo indicam que a taxa de mortalidade baixou em 1 por cento, em 2022, comparativamente aos 7% de 2021.