Malanje- Dois milhões de dólares norte-americanos é o montante a ser gasto pelo Executivo na elaboração da base de dados dos recursos hídricos das Bacias Hidrográficas de Angola, iniciado em Janeiro deste ano, com a criação de uma plataforma integrada de gestão de informações sobre as águas do país.
Coordenada pelo Instituto Nacional de Recursos Hídricos, a plataforma a ser criada, visa dotar o país de um instrumento único de gestão das águas que permite quantificar e qualificar o número de utilizadores do referido líquido, bem como avaliar as pressões que possam sofrer no futuro.
A informação foi dada esta quinta-feira, nesta cidade, pela directora geral adjunta para área Técnica do Instituto Nacional de Recursos Hídricos (INRH), Maita Luís Gomes, durante a apresentação do projecto.
O projecto, inserido no âmbito do Plano de Desenvolvimento do Institucional do Sector das Águas (PDISA II), terá um prazo de execução de dois anos e na fase piloto será implementado na bacia hidrográfica do rio Kwanza em Malanje, para a validação da base de dados dos recursos hídricos do país.
Co-financiando pelo Executivo Angolano, Banco Mundial (BM) e Agência Francesa de Desenvolvimento, o projecto vai contribuir para uma gestão eficiente e sustentável dos recursos hídricos, sendo que os mesmos vêm se tornando cada vez mais escassos e contempla ainda a expansão das actuais redes hidrométricas e construção de novas, para permitir o melhor controlo dos caudais dos rios de Angola.
A sua execução, explicou, vai permitir o Estado definir políticas que permitam manter a disponibilidade dos recursos hídricos em qualidade e quantidade, através da promoção dos planos Nacional de Águas e de utilização das bacias hidrográficas.
A responsável frisou, por outro lado, que a bacia do Kwanza já possui um plano de desenvolvimento onde estão contempladas várias medidas para a elaboração de várias acções e projectos.
Realçou que actualmente o país possui apenas um Gabinete de administração de bacias hidrográficas do Cunene, Cubango e Cuvelai, enquanto as restantes são geridas pelo Instituto Nacional de Recursos Hídricos.
Por sua vez, o vice-governador para o sector Técnico e Infra-estruturas, Duarte Ginga considerou o projecto como sendo uma mais-valia, pois permitirá o país a ter o registo e controlo dos recursos hídricos, fazendo uma utilização racional e gestão equilibrada.
Precisou que se o país tiver o domínio completo dos mesmos, poderão ser evitados problemas maiores no futuro.
Actualmente o país possui um potencial hídrico constituído por 77 bacias hidrográficas, das quais 47 consideradas principais, 30 secundárias e 5 internacionais. RM/NC/PBC