Cabinda – Mais de três milhões de dólares é o valor que o Governo angolano gastou, nos últimos dois anos, na primeira e segunda fase do processo de desminagem na província de Cabinda.
O facto foi manifestado pelo vice-governador de Cabinda para o sector Económico, Macário Lembe, durnate o acto de entrega de Certificado de Controlo de Qualidade do Trabalho feito no perímetro dos portões 3 e 4 do campo petrolífero do Malongo às pelotroliferas Sonangol, Chevron, Gemcorp e ao Governo provincial de Cabinda.
De acordo com o dirigente, durante esse período foram intervencionadas 21 áreas das 47 afectadas com minas, numa superfície de um milhão 179 mil e 321 metros quadrados.
Para além das zonas desminadas, avançou que ainda faltam 26 áreas por serem desactivadas, correspondendo a sete milhões 738 mil e 913 metros quadrados.
Acrescentou que, durante a segunda fase de desminagem que contemplou os portões 3 e 4 da base petrolífero do Malongo, foram desactivadas 3 148 minas anti-pessoais, numa superfície de 750 metros quadrados, com envolvimento de 22 sapadores do Centro Nacional de Desminagem em Cabinda.
Macário Lembe disse que o Governo precisa de mais de 23 milhões de dólares para concluir a desminagem nas restantes zonas identificadas com minas.
“O propósito do Governo é continuar a trabalhar na retirada de minas em todo território da província, no sentido de criar espaços para edificação de novas infra-estruturas económicas, como a instalação da Refinaria de Cabinda”, clarificou.
Por seu turno, o director-geral da Agência Nacional de Acção Contra Mina (ANAM), Leonardo Sapalo, disse que um dos propósitos do Executivo é eliminar todas áreas contaminadas com engenhos explosivos, até 2025.
Adiantou que o país tem um universo de mil e 39 áreas minadas, o que representa perto de 70 milhões de metros quadrados, com orçamento avaliado em 238 milhões de dólares norte-americanos. ING/JFC/QCB