Cabinda – A administração municipal de Buco-Zau, repudiou, segunda-feira, os actos de vandalismo protagonizados, sábado último, por um grupo de cerca de 300 cidadãos, na sua maioria jovens.
A acção de vandalismo resultou na destruição de cerca de 280 armações para protecção de plantas de ornamentação e arborização da Vila, quebra de vidros na residência protocolar da administração municipal e em viaturas de cidadãos, bem como de candeeiros de iluminação de murros de residências de alguns estabelecimentos comerciais.
O grupo é ainda acusado de proferirem injúrias contra figuras do Estado Angolano.
Em nota de imprensa chegada a ANGOP, a administração indica que o grupo havia sido mobilizado e comandado pelo responsável da juventude da UNITA (JURA), Júlio Bumba Mueca, na zona do Cruzamento do Caio, em retaliação as micro-operações da Policia Nacional contra o garimpo de ouro, que culminou na detenção de 10 motorizadas usadas por garimpeiros.
Face a situação, a administração municipal de Buco-Zau encoraja as autoridades competentes a prosseguir com as medidas que visam impedir o garimpo e responsabilizar os autores pelos danos causados.
Exorta ainda a juventude local a não se deixar instrumentalizar, mesmo no exercício dos seus direitos e liberdades, cidadania e soberania, e a pautar por conduta cívica, urbana, responsável, assente no respeito e protecção do património público e privado, a diferença, tolerância política e trabalhar em conjunto para edificação de um município condigno.
Contactado pela ANGOP, o secretário municipal da UNITA no Buco-Zau, António Bufeca Vumbi Toco *Sankara*, admitiu o envolvimento do responsável da JURA no vandalismo e disse ter reportado a situação ao Secretariado Provincial da UNITA, na cidade de Cabinda, para os devidos procedimentos internos, dentro da ética e deontologia.
Para o comandante da Policia no Buco-Zau, superintendente-chefe António César Tati, é missão da Policia Nacional combater o crime, sobretudo os actos da prática do garimpo, com vista a manter a ordem e a legalidade no exercício de exploração de mineiros.
O mandatário do vandalismo está a contas com a justiça. PL/VM