Luanda - O Bureau Político do Comité Central do MPLA manifestou-se, esta segunda-feira, consternado pela morte do Rei do Ndongo, Buba Nvula Ndala Mana, ocorrida no dia 8 de Setembro, por doença, em sua residência oficial, aos 101 anos.
Num comunicado enviado à ANGOP, este órgão expressa que pela infausta ocorrência, poucos dias depois do Povo de Malanje ter perdido um outro insigne filho da Terra, o Bureau Político endereça à família, em particular, e ao Povo de Malanje, no geral, profundos sentimentos de pesar.
Natural do Ndongo, Regedoria de Ndala Mana, Comuna de Mbanje-a- Ngola, Município de Cahombo, o malogrado observou todo o percurso até ao mais alto trono.
Foi sobeta, soba Kissanga Mbande, no município de Massango, posteriormente Regedor de Mbanje a Mbingue, localidade de onde saiu para assumir a mais alta distinção da corte do Reino do Ndongo, com o título de Rei Ngola Kiluanje Kya Samba, desde 1993, com residência fixa no sector de Cabombo, (Corte Real dos Ngolas), Município de Marimba.
O seu reinado, de cerca de três décadas, ficou marcado pela qualidade de ser aberto ao diálogo, ao ponto de ter suprimido certos rituais tradicionais.
O BP considera o malogrado “acérrimo” defensor da educação dos jovens e de outros valores dos seus povos e, por isso, manteve vários encontros com os órgãos de decisão política do país, visando a busca de soluções para a melhoria das condições sócio-económica da região, que dirigiu com assinalável sentido de humanismo e defesa dos valores sagrados do Reino.
A morte do Soberano Rei do Ndongo, descendente de Njinga Mbandi, representa a perda de uma parte da memória colectiva social e cultural de Angola, pelo que a sua memória deve ser eternizada nos relatos da angolanidade.
Resignado, o Bureau Político do Comité Central do MPLA, inclina-se perante a memória do malogrado, manifestando votos de eterno descanso. ART