Luanda - As buscas de mais vítimas do naufrágio de uma embarcação, ocorrido no último sábado, na Ilha do Cabo, em Luanda, encerraram às 18 horas de hoje, terça-feira, informou o porta-voz dos Serviços de Protecção civil e Bombeiros (SPCB), Wilson Baptista.
Em declarações à ANGOP, o responsável referiu que até ao momento não há solicitações ou procura por pessoas desaparecidas, envolvidas neste acidente, pelo que, após três dias de busca, justifica-se o término da operação.
Segundo o porta-voz, as operações foram realizadas por grupo multissectorial de vigilância marítima, composto por outros órgãos como a Polícia Fiscal Marítima, a Capitania do Porto de Luanda, a Marinha de Guerra Angolana, entre outras.
“Houve um esforço conjunto, foi possível fazer um trabalho combinado, onde cada ente deu o seu contributo. Contamos com a colaboração de mergulhadores civis da zona, que se juntaram as equipas para fazerem o trabalho de busca”, disse.
Wilson Baptista desmentiu a informação passada por pescadores da Ilha do Cabo sobre o aparecimento, hoje, de corpos de vítimas do mesmo incidente.
“Estas informações chegaram-nos nas primeiras horas e, desta feita, movimentamos um contingente com embarcação e posto no terreno não se confirmou a existência destes cadáveres no mar”, explicou.
Adiantou que há possibilidade de aparecer corpos a flutuar no mar, que não tenham ligação com o naufrágio de sábado, visto que já chove com intensidade em algumas localidades.
“É possível que algumas pessoas sejam arrastadas com a força das águas até ao mar ou outras que estejam a realizar actividades a nível do mar, não só a prática balnear ou até aqueles que fazem praia em zona desértica, fora do perímetro de supervisão dos SPCB”, acrescentou.
Para dar resposta aos possíveis casos, referiu que a actividade dos bombeiros é permanente a nível da orla com nadadores salvadores nas praias autorizadas ao banho, que fazem o patrulhamento ao longo delas.
O naufrágio aconteceu durante uma actividade promovida pela Igreja Católica.
Uma embarcação, que não estava prevista na organização da procissão da Paróquia de Nossa Senhora da Ilha, introduziu-se no cortejo marítimo e, com algumas manobras e comportamento errado, acabou por naufragar com perto de 30 indivíduos a bordo. CPM/OHA