Menongue – O bispo de Manongue, Dom Leopoldo Ndakalako, destacou hoje, domingo, na cidade capital do Cuando Cuango, os feitos de Dom Francisco Viti na organização da Diocese local, pois deixa uma chama de fé acesa na comunidade católica.
O arcebispo emérito do Huambo, Dom Francisco Viti, faleceu neste sábado (15), no Complexo Hospitalar Cardio-Pulmobar Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, na província de Luanda, depois de um internamento de 53 dias.
Em declarações à ANGOP, o bispo de Menongue, Dom Leopoldo Ndakalako, descreveu Dom Francisco Viti como tendo sido um homem que esteve sempre ao serviço da igreja, ao deixar uma diocese organizada, não obstante o momento difícil que o país atravessou antes e depois da Independência Nacional.
O prelado destacou que Dom Viti, parte numa circunstância em que, em Fevereiro celebrou a missa das bodas de prata da Comunidade Beneditina, onde deixou recomendações de haver mais unidade entre os fiéis católicos do Cuando Cubango.
Dom Leopoldo Ndakalaco enalteceu o trabalho abnegado do primeiro bispo da Diocese de Manongue, pois mesmo em momentos difíceis soube, como bom pastor, semear a palavra de Deus aos fiéis.
"Dom Viti foi um homem de comunhão e fraternidade, que soube bem organizar a diocese, aproximar-se do seu povo e caminhar com firmeza com a mesma comunidade", disse.
Resumo biográfico de Dom Viti
Natural de Misasa – Evanga, na província de Benguela, Dom Francisco Viti nasceu a 15 de Agosto de 1933. Fez a sua formação sacerdotal no Seminário Menor do Quipeio, também, conhecido por Seminário Menor da Caála e no Seminário Maior do Cristo Rei no Huambo, com cursos de Filosofia e de Teologia.
Foi ordenado sacerdote a 14 de Julho de 1963 na Sé Catedral do Huambo e consagrado Arcebispo a 28 de Setembro de 1975, na província do Huambo.
Fundador da Diocese de Menongue, onde trabalhou durante 11 anos, foi depois, em Setembro de 1986, nomeado como arcebispo do Huambo, onde exerceu as funções por 17 anos.
O prelado, que detém o título de segundo arcebispo com mais tempo na arquidiocese do Huambo e de ser sexto a ser consagrado na nova era do episcopado em Angola, foi reitor do Seminário Maior do Cristo Rei do Huambo.
Especializado em Filosofia, pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Teologia Pastoral, pela Universidade Católica de Paris, já foi membro do conselho permanente da CEAST e da delegação angolana na Conferência Episcopal dos Bispos Católicos da África Austral (IMBISA).
Para além do português e do umbundu, falava, também, inglês, italiano, latim, espanhol e francês. JSV/ALH