Luanda - O bispo da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo (Tocoísta), Afonso Nunes, defendeu, este domingo, em Luanda, a necessidade de se reforçar a cooperação entre as igrejas e o Estado, sobretudo nas questões sociais.
De acordo com o líder religioso, em declarações à imprensa, esta cooperação deve incidir nas acções sociais, para apoiar famílias vulneráveis, e nos sectores da educação e saúde.
De realçar que a Igreja Tocoista tem uma cozinha comunitária na sua sede, na capital do país, que serve diariamente cerca de duas mil refeições quentes, assim como possui várias escolas primárias, um complexo escolar de ensino médio e um instituto do ensino superior.
Efeméride
Por outro lado, ao se referir aos 73 anos da primeira prisão do profeta Simão Toco, que se assinalou no último sábado, o bispo considerou ter sido "o primeiro baptismo de fogo dos tocoistas", pelo apoio prestado pelos seus seguidores que mais de três mil se ofereceram para serem presos no lugar dele.
Salientou que o trajecto histórico da Igreja Tocoista foi de muito sacrifício, tendo custado a vida de muitos fiéis.
A primeira prisão de Simão Toco registou-se a 22 de Outubro de 1949, tendo as autoridades coloniais belgas no Congo (actual RDC) ter ordenado o seu encarceramento na cadeia de Ndolo (Kinshasa).
Apesar dos sacrifícios a que foram sujeitos os tocoistas, o bispo Afonso Nunes apelou aos fiéis a cultivarem o espírito de perdão e de amor.
"Ao longo destes 73 anos fomos resilientes e pacientes e assumimos uma posição de prestígio que nos obriga a colaborar com o Estado na consolidação da liberdade", afirmou.
A Igreja Tocoista foi relembrada pelo profeta Simão Toco a 25 de Julho de 1949 e está reconhecida pelo Estado angolano, desde a independência, com implantação em vários países da Europa, África, América do Sul e Ásia.