Caxito - Os cidadãos da província do Bengo querem ver melhoradas, em 2023, as condições básicas da população com a execução e concretização de projectos socioeconómicos que reduzam as dificuldades das famílias.
Os cidadãos desta região apontam a aquisição da casa própria, a melhoria no fornecimento de água e luz, o primeiro emprego, a redução de preços e a construção de mais empreendimentos na província como principais expectativas para 2023.
A par destas, apontam, igualmente, a melhoria da qualidade de vida nos municípios, das estradas, dos acessos às áreas de cultivo, a conclusão de projectos adiados e maior atenção aos camponeses no escoamento da produção.
Na opinião dos bengueses, a aproximidade com a capital, Luanda, deve trazer para a região mais desenvolvimento, pois a província possui vastas extensões de terras e clima favorável para o seu crescimento.
Ouvidos pela ANGOP, hoje, em Caxito, a estudante Anacleta António Kiala, disse que em 2023 quer ter a sorte de adquirir o primeiro emprego, a casa própria e ver melhorada a distribuição de água e energia nos bairros e comunas.
Quer também na província empresas de vários ramos de actividade, supermercados, lojas, boutiques e o aumento do asseguramento policial para diminuir a delinquência que se regista nos últimos tempos.
O munícipe Manuel Sapaka apontou a criação de mais empregos para a juventude, o saneamento básico, a construção de escolas do ensino superior e o melhoramento da vias de acesso às áreas de cultivo como prioridades para 2023.
Na opinião do professor Loreto Mendes, o governo do Bengo deve concluir as obras da casa da juventude, construir uma mediateca e criar políticas e acções que direccionem e ocupem os jovens.
Segundo o docente, em 2023 o governo deve construir mais hospitais, escolas, campos de futebol não esquecendo a aquisição de carteiras escolares.
O conselheiro da igreja Adventista do Sétimo Dia, José Constantino, disse esperar que o governo, neste novo ano, olhe para as pessoas mais vulneráveis que se encontram nas zonas mais recônditas, melhore as vias de acesso às zonas de produção, bairros e comunas e garanta a cesta básica à população.
O religioso é de opinião que o estado deve prestar maior apoio aos empresários para garantirem a criação de postos de trabalho, melhorar a rede sanitária, aumentar o número de técnicos de saúde especializados e apoiar os professores que leccionam nas zonas recônditas.
Para 2023, Maria Soba Gomes, funcionária pública, pediu o aumento do número de escolas nas aldeias para evitar que as crianças percorram dezenas de quilómetros para aprender.
Já Delfina Teresa Lomanda, também munícipe, solicitou mais apoios às mulheres empreendedoras para aumentarem a oferta de produtos e criar novos empregos.
A província do Bengo está localizada na região centro-norte do país, sendo adjacente à província de Luanda.
Possui uma área de 31.371 quilómetros quadrados e uma população, na maioria camponesa, estimada em 429 mil 322 habitantes.