Caxito - Fruto da nova Divisão Político-Administrativa, em obediência ao Decreto Presidencial nº 268/24 de 29 de Novembro, a província do Bengo começa o ano 2025 com seis novos municípios, que se vão adicionar aos actuais seis.
Por Mário Francisco, jornalista da ANGOP
Criada em 1980, Bengo deteve durante 44 anos o título de província mais nova do país, título que perde agora para as recém-criadas províncias de Icolo e Bengo, Cuando e Moxico Leste.
Actualmente, a província do Bengo conta com os municípios do Ambriz, Bula Atumba, Dande, Dembos, Pango Aluquém e Nambuangongo distribuídos numa extensão territorial de 31 mil 371 quilómetros quadrados e uma população estimada em cerca de 500 mil habitantes.
A partir de Janeiro de 2025, Bengo passa a contar com os municípios da Barra do Dande, Panguila, Úcua (anteriormente pertencentes ao município do Dande), Piri (Dembos), Muxaluando e Quicunzo (Nambuangongo).
Uma das novidades é a troca do nome do município dos Dembos para Quibaxe, que durante muitos anos foi a sede municipal, assim como a ausência de comunas nas novas circunscrições que foram elevados à categoria de município.
Ambriz, com 18 por cento, dos 31 mil 371 quilómetros quadrados da província, é o maior município do Bengo. Engloba as comunas da Bela Vista, Ambriz (sede) e Tabi.
Já os recém-criados municípios do Piri e do Panguila são os menores da província, ocupando apenas três por cento do território do Bengo, cada um.
Há ainda a realçar o facto de o Panguila ser o único que transita de localidade/bairro para município, contrariamente às demais que eram comunas e foram elevadas à categoria de município.
De acordo com o director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatísticas do Governo Provincial, Belarmino Matos, para o exercício de 2025, os novos municípios que começam a funcionar no dia 3 de Janeiro, já têm garantida uma dotação de partida estimada em cerca de 1,2 mil milhões de kz, para suportar as despesas com pessoal, bens e serviços.
Nos novos municípios foram identificadas necessidades de intervenções em infraestruturas administrativas, residências protocolares e equipamentos sociais, de forma a garantir uma transição bem-sucedida e uma melhoria na qualidade dos serviços prestados à população.
O vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas do Bengo, Edson da Cruz, explicou que a prioridade em 2025 recai sobre os seis novos municípios que não têm infraestruturas, sublinhando que são desafios bastante grandes que o GPB levará em conta para que o mais rápido possível estas novas regiões possam ter condições para funcionar.
“Devemos criar as condições básicas para que tenham as condições mínimas de funcionamento, sobretudo os municípios do Úcua e Quicunzo que não têm infraestruturas”, frisou.
Segundo o Ministério da Administração do Território (MAT), a base da nova Divisão Político-Administrativa é a necessidade de reduzir as assimetrias regionais e promover o desenvolvimento harmonioso do território e a qualidade da organização e prestação de serviços básicos aos cidadãos. CJ/PA