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Autoridades tradicionais destacam elevação das comunas a municípios

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  • Cunene • Sábado, 22 Fevereiro de 2025 | 17h53
Autoridades tradicionais de Ombala Yo Mungo/Cunene
Autoridades tradicionais de Ombala Yo Mungo/Cunene
Pedro Manuel-ANGOP

Ondjiva - A elevação de algumas comunas a municípios, no âmbito da nova Divisão Política Administrativa (DPA), vai elevar a qualidade de vida das comunidades rurais que enfrentam problemas do acesso aos serviços sociais básicos.

A afirmação é das autoridades tradicionais dos municípios de Naulila, Cafima e Mupa, que perspectivam a melhoria das condições de vida dos seus habitantes, admitindo a possibilidade da instalação de novos serviços.

Em declarações à ANGOP sexta-feira, a propósito da institucionalização dos novos municípios,   o soba grande de Naulila, Justo Mutindi, ressalta a iniciativa do Governo em aproximar o sector administrativo junto ao povo, onde o cidadão tinha que se  desloca, por exemplo, 68 quilómetro até a sede do Xangongo, num percurso de quatro horas de ida para tratar qualquer documentação, devido ao mau estado da estrada.

“Esta é uma ideia louvável do Governo, para desenvolver o município, onde poderão ser instalados bancos, novas escolas e unidades sanitárias, que actualmente enfrentam problemas de medicamento e os enfermeiros das zonas rurais abandonam a região”, enfatizou.

O soba defende, numa primeira fase, a intervenção da estrada que liga Ombadja ao Calueque, considerada uma área agrícola, cujos produtos não são escoados para os centros urbanos da província, sobretudo nesta época  chuvosa.

Fez saber que grande parte da produção do Calueque é comercializada aos namibianos, assim como muitas famílias recorrem às unidades sanitárias e escolas do país vizinho, devido a aproximação e facilidade de acesso.

O soba grande da Cafima, Eugénio Mandume, também enalteceu a implementação da DPA e considera ser grande satisfação a elevação da comuna a município, devido a distância geográfica para a sede da província, onde a população recorria para obter serviços essenciais.

Sublinhou que com a iniciativa, a população está de parabéns, uma vez que os serviços sociais básicos estarão mais próximos das comunidades.

Eugénio Mandume referiu que os problemas são vários, desde o mau estado da estrada, falta de instituições bancárias, escolas e unidades sanitárias, inexistência de padarias e unidades comerciais, daí que espera dentro da disponibilidade financeira traçar prioridades.

Pontualiza que a região não dispõe de uma instituição do ensino médio, os alunos que concluem a 9ª classe se não recorrerem à Ondjiva, não encontram espaços para dar continuidade ao ensino.  

Por seu turno, Evaristo Humbwavali, soba da Mupa, diz que a elevação da comuna a município vai reduzir as assimetrias entre as cidades e as comunidades locais, fazendo com que a região se desenvolva em todos sectores sociais e económicos.

Realçou que as comunidades estão havidas, em cooperação com a nova administração, para em conjunto melhorarem as escolas, postos de saúde, fazer chegar instituições bancárias, uma vez que estes serviços são encontrados apenas em Ondjiva ou no Cuvelai.

Evaristo Humbwavali referiu que a região enfrenta actualmente problema da fome, devido a irregularidade das chuvas, nos últimos anos, onde as famílias não conseguiram colher nos campos de cultivo.

No quadro da DPA, a província do Cunene passou de seis para 14 municípios, nomeadamente Cuanhama, Cahama, Cuvelai, Curoca, Ombadja, Namacunde, Cafima, Nehone, Chiedi, Mupa, Chissuata, Naulila, Chitado e Humbe e 10 comunas.FI/LHE/SEC





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