Aumenta número de crianças alvo de mendicidade em Benguela

     Sociedade           
  • Benguela     Sexta, 26 Março De 2021    11h01  
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Pedro Parente

Catumbela – Mais de quinhentas crianças vulneráveis encontram-se, actualmente, sujeitas à mendicidade nas ruas da cidade de Benguela, como única forma de sobrevivência, apurou esta sexta-feira, a ANGOP.

Paralelamente a isso, dezenas de menores, supostamente coagidos pelos pais, são avistados a vender hortaliças, legumes e frutas nas ruas, o que configura uma exploração do trabalho infantil e, portanto, violação dos direitos das crianças.

A propósito, a chefe de Secção de Protecção e Promoção dos Direitos da Criança, Florença Jala, aponta a pobreza extrema, a fuga à paternidade, a falta de alimentação e a violência física e psicológica contra menores como factores por detrás deste fenómeno.

Até agora, referiu, os Serviços Provinciais de Benguela do Instituto Nacional da Criança (INAC) controlam já 24 focos de crianças a partir dos seis anos que, nalguns casos, actuam como lavadores de carros ou transportam bens na via pública para ganhar alguma coisa.

Segundo a fonte, estes menores concentram-se à entrada de estabelecimentos comerciais, como lojas, padarias, supermercados ou nos cruzamentos, onde importunam os transeuntes para pedir alguma coisa, se estiverem com fome.

Considerando preocupante o aumento do número de crianças nas ruas, Florença Jala alerta para os riscos que as mesmas correm, nomeadamente a exploração do trabalho infantil, maus-tratos e consumo de estupefacientes.

“Há dias, deparámo-nos com três meninos que estavam a curar de uma circuncisão a pedir esmolas nas ruas”, contou, visivelmente chocada com a situação.

Deu conta que, após diligências feitas, o INAC notificou quatro progenitores, em bairros da Zona B, arredores da cidade de Benguela, alegadamente envolvidos em casos de coação de crianças para buscar alimentos nas ruas, por meio da mendicidade.

Apesar de associar a mendicidade às dificuldades que grassam pelas famílias, Florença Jala defende maior envolvimento de todas as forças vivas da sociedade, visando encontrar soluções para travar este fenómeno e garantir a protecção das crianças dos perigos da rua.





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