Luanda – O Executivo angolano deve atribuir um subsídio aos idosos que não beneficiam da segurança social, por formas a proporcionar melhoria na qualidade de vida e manter a sua integração social e económica, defendeu nesta sexta-feira, em Luanda, Emília Silva Almeida.
A presidente da Associação de Amizade e Solidariedade da Terceira Idade (AASTI) falava à ANGOP a propósito do 30 de Novembro, Dia Nacional do Idoso, a ser assinalado no sábado.
A efeméride decorre, este ano, sob o lema "envelhecer com dignidade".
Segundo Emília Almeida, há necessidade do Executivo olhar mais na assistência aos idosos, nos mais variados domínios.
Pediu ao Executivo para ver o idoso como uma pessoa útil, capaz de fazer muitas coisas na sociedade e que precisa de um aporte.
Na sua óptica, os idosos jogam um papel fundamental na sociedade, contribuindo na transmissão da história, dos valores morais, culturais, entre outros que norteiam as sociedades.
Eles, acrescentou, dão também um suporte importante às famílias, tendo em conta que garantem um apoio psico-emocional aos seus integrantes.
Neste sentido, defendeu ainda a necessidade de maior interacção com os idosos, para a transmissão de bons ensinamentos e conselhos úteis capazes de guiarem a vivência das novas gerações.
Por isso, Emília Almeida pediu uma maior reflexão sobre a situação dos idosos na sociedade angolana, que deve abranger a passagem de testemunhos ou de experiências.
Lamentou os casos de acusação de feitiçaria envolvendo idosos, alguns dos quais resultam em abandono nas ruas.
Sobre a AASTI, a responsável disse que depara-se com imensas dificuldades para garantir a assistência dos idosos que passa pela alimentação, vestuário e medicamentos.
“Muitos idosos vivem no limiar da pobreza na comunidade, sendo assistidos com algumas cestas básicas e visitas de aconchego”, explicou a presidente, para quem as actividades da AASTI não se restringem apenas na jornada do idoso.
No intuito de garantir uma interacção inter-geracional salutar, Salientou que a sua instituição promove encontros com mais de 40 velhos nas comunidades, orfanatos e associações juvenis.
Conforme a responsável, a associação desempenha um papel importante na promoção do papel dos idosos nas comunidades, assim como no resgate daqueles que são abandonados nas ruas e hospitais pelas respectivas famílias.
Apelou às pessoas de boa vontade, empresas e Igrejas a cooperarem nas iniciativas que visam dignificar os “mais velhos”.
A associação acompanha mais de oitenta idosos, dando refeição diária, aulas de alfabetização, ginástica, assistência médica e medicamentosa.
Fundada a 14 de Novembro de 2002, a associação defende os direitos das pessoas idosas e está representada nas províncias de Luanda e do Zaire. AB/OHA