Lobito – Um protocolo de parceria para efectivação do projecto Tata Uhayele foi assinado, esta sexta-feira, na cidade do Lobito, entre a Fundação Ngana Zenza para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), o Ministério dos Transportes e o Caminho de Ferro de Benguela (CFB).
O objectivo do projecto Tata Uhayele (cuida da sua saúde, na tradução em língua nacional umbundo) é prestar cuidados de saúde às comunidades vulneráveis ao longo do Corredor do Lobito, cobrindo as províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico.
A assistência médica será realizada em duas carruagens-clínicas operadas pelo CFB e assegurada por pessoal especializado.
Após a organização ter apresentado os aspectos operacionais, a Primeira-Dama da República de Angola, Ana Dias Lourenço, manifestou o seu apreço e gratidão pela participação dos parceiros, afirmando que o Tata Uhayele é um comboio de esperança com o qual se pretende contribuir de forma sustentável na melhoria da assistência social no país.
Segundo Ana Dias Lourenço, para se alcançar este objectivo, é essencial uma abordagem colaborativa, porque nenhum projecto pode ter sucesso sem o envolvimento e participação de todos.
Ana Dias Lourenço fez um apelo às empresas privadas especializadas na área da saúde e não só, no sentido de se juntarem a esta jornada, acrescentando que “o seu apoio será inestimável e demostrará o poder da colaboração e das parcerias para se alcançar resultados significativos”.
“Enquanto instituidora e Presidente da FDC, assumo o compromisso de continuar a promover iniciativas como a do projecto Tata Uhayele (Cuide da sua saúde) e de trabalhar para garantir que todos tenham acesso aos cuidados de saúde de que necessitam”, enfatizou.
Por seu turno, o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, dirigiu-se aos presentes afirmando que a saúde é um bem que, sendo universal, nem sempre chega a quem dela precisa.
“O que estamos hoje a testemunhar é um pequeno passo, do muito que temos de fazer, mas que, se bem implementado, vai contribuir para aumentar a esperança de vida das populações locais e para que a sua qualidade e desenvolvimento sejam objectivos concretizados.”, afirmou.
Ricardo de Abreu fez uma comparação com o passado, dizendo que se outrora a rede ferroviária foi alavanca para a união entre os países e um vector fundamental para o desenvolvimento económico local, assente no transporte de mercadorias, hoje acrescenta-se um ADN social e humano, usando-a para cuidar de quem precisa com bons equipamentos, bons profissionais e bom tratamento médico.
Referindo-se ao futuro, disse que o Ministério dos Transportes deseja ser uma referência diferenciada, capaz de fornecer respostas concretas e adaptadas às necessidades, realidades e desafios das pessoas do tempo actual.
Seguiu-se uma visita guiada às duas carruagens clínicas para se constatar o seu apetrechamento, em termos de equipamentos.
As clínicas móveis contam com uma equipa composta por treze profissionais, nomeadamente dois electro-médicos, um oftalmologista, um clínico geral, dois técnicos de laboratório, enquanto que para a enfermagem, pediatria, oftalmologia, esterilização, farmácia e recepção, está um técnico para cada área. TC/CRB