Luanda - A criação de mais áreas verdes a nível do casco urbano da província de Luanda, foi defendida, pela arquitecta Djamila Cassoma, como projecto essencial para a melhoria da qualidade de vida dos luandenses.
Em entrevista à ANGOP, por ocasião da celebração dos 449 anos da província, cuja íntegra vai ser publicada sexta-feira (24), a arquitecta apresenta a ideia da criação de jardins verticais e a recuperação de espaços degradados como alternativas inovadoras, aliando urbanismo à preservação ambiental.
Para Djamila Cassoma, esses “pulmões verdes” podem equilibrar o crescimento urbano e o bem-estar da população.
Na área habitacional, a arquitecta propôs soluções como a autoconstrução dirigida, que pode mitigar a carência de habitação em bairros densamente povoados, bem como a desocupação de áreas críticas, como valas de drenagens e a construção de edifícios em altura ou lotes menores para optimizar o uso do solo.
“Medidas como essas podem prevenir ocupações desordenadas e melhorar o acesso à infraestruturas básicas”, referiu.
A arquitecta também chamou atenção para a necessidade de capacitação técnica e fiscalização mais eficiente na implementação dos planos directores.
Por seu turno, considera fundamental a existência de técnicos habilitados e fiscais motivados, para inibir ocupações ilegais e orientar o desenvolvimento territorial, esforços que devem ser acompanhados de uma política pública sólida e integrada.
Enfatizou ainda a importância da união entre o Governo, empresas e cidadãos para transformar Luanda, além de acções concretas, como forma de incentivar uma atitude colectiva voltada à preservação e à sustentabilidade.
“Luanda tem potencial para ser uma cidade mais inclusiva e organizada, desde que inovação e compromisso guiem as mudanças”, referiu.
A cidade de Luanda foi fundada por Paulo Dias de Novais, na sequência da chegada à região de uma armada de Lisboa, que transportava várias centenas de homens, entre soldados, mercadores e missionários.
A armada chegou à Ilha de Luanda em 1576 e Paulo Dias de Novais, após reconhecimento do terreno, decidiu criar um núcleo permanente, a que deu o nome de São Paulo de Loanda. ANM/SEC