Virei- o Arqueólogo Benjamin Fernandes defendeu, nesta quinta-feira, no município do Virei, provinvia do Namibe, a necessidade da preservação do património histórico cultural, como fontes de identidade e memória colectiva e do fomento da consciência nacional .
Benjamin Fernandes defendeu o facto ao falar no momento de apresentação do estado das pinturas rupestres, que contou com a presença da vice-presidente da República, Esperança Costa, durante uma jornada de trabalho a este município, onde visitou igualmente a Estação rupestre de Tchitundu-Hulu a 26 quilómetros da sede municipal.
O referido acto contou igualmente com a presença do governador do Namibe, Archer Mangueira e outros membros do Executivo central.
O arqueólogo apontou a necessidade urgente da preservação do património histórico, para que as futuras gerações, visitantes e outros, possam de facto encontrar a realidade histórica destes sítios que muitos deles caracterizam os hábitos e costumes dos antepassados.
Disse ainda que a província do Namibe possui inúmeras pinturas rupestres, sendo a mais emblemática e arquitectonica a do Tchitundu-Hulu, que compreende cinco sitios com gravuras muito espectaculares que encantam qualquer turista, historiador e até mesmo um pesquisador.
Nesta cerimónia, a vice-presidente da República ouviu do arqueólogo explicações sobre a utilidade e importância das pinturas rupestres, de uma forma bem detalhada e com demostrações de figuras rupestresda região
Nesta sua apresentação, o também docente de história sublinhou que hoje estes patrimónios na sua maioria apresentam um estado acentuado de degradação, precisando de uma intervenção urgente do Governo, para que de facto possa servir de fonte de atração do turismo.
Em relação a sua utilidade, o arqueólogo apontou três aspectos como a ficcao ritual, que representa a fertilidade , a caça que os povos antigos praticavam , sendo a segunda a economica, que espelha a magia que estes usavam.
Benjamin Fernandes apontou ainda a grande importância que o património tem, a zoologia que permite o conhecimento da fauna do território, bem como os processos que levaram a alteração do ecossistema local.
Salientou ainda que as artes rupestres podem servir, porquanto são muito úteis para as comunidades através de realização de actividades turisticas com a geração de emprego temporarios e permanente, presença de turistas e guias turisticos.
' O Tchitundu-Hulu desperta um grande interesse ao mundo, onde cada um quer conhecer o seu calor cultural " sublinhou.
A província do Namibe conta com 107 património histórico cultural inventariados e catalogados, 10 classificados e um classificado nacional com forte potencial para classificação mundial, o Tchitundu-Hulu. FA/MGM/SEC