Lubango- O projecto “Quilemba Solar, consubstanciado na instalação e operação de uma central de produção de energia para o Lubango, na Huíla, foi hoje, quinta-feira, apresentado aos populares do Luyovo e à administração municipal.
O projecto, cujo acordo de parceria na central fotovoltaica da Quilemba, foi assinado em Outubro de 2021, com uma capacidade instalada de 35 Megawatts (MW) de energia solar, numa 1ª fase, em 78 hectares, aos quais deverão adicionar 45 MW numa fase posterior, em espaço a se calcular.
A concessão que já tem a autorização do Instituto Regulador dos Serviços de Electricidade e Água (IRSEA) do Ministério da Energia e Águas e prevê a construção da central este ano, devendo funcionar em 2024, com operacionalidade de 25 anos.
O objectivo da implementação do projecto solar da Quilemba é de poupar significativamente o combustível líquido, comparativamente às centrais térmicas existentes e aumentar a capacidade de produção de energias limpas no sul de Angola.
Em declaração à ANGOP, o gestor do projecto, Sílvio Rodrigues, realçou que energia a ser produzida pela central vai ser transferida para a subestação em construção à entrada da centralidade da Quilemba.
De acordo com Sílvio Rodrigues, após a transferência da energia produzida pela central “Quilemba Solar” para a subestação Quilemba, a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), fará a chegar à população.
“Vamos agora fazer a contratação das empresas que vão desenvolver a construção da central e vai implicar o envolvimento de uma empresa de segurança e desminagem para a detenção de resíduos militares, nossa primeira actividade no terreno”, afirmou.
Sem avançar a data para o início da construção, o valor da empreitada e nem o número de pessoas a beneficiarem, destacou que para a concretização do projecto, algumas famílias serão realojadas para permitir o alargamento do espaço de implementação.
De acordo com João Cavela, um dos moradores da zona onde será construída a central solar, no Luyovo, disse ser o projecto é bem-vindo para osector e a comuna da Quilemba.
“É um serviço básico que nos faz muita falta, pois vivemos na escuridão e constituem muitos gastos, na compra de pilhas para fazer acender as lanternas, funcionar os rádios, o petróleo para os candeeiros e iluminar as nossas casas ”, enfatizou.
Entretanto, o administrador municipal do Lubango, Lisender André, considerou o projecto um ganho para o município, visto que uma das maiores dificuldades do momento é produção de energia.
“Estamos a falar de energia limpa, amiga do ambiente, sem qualquer poluição, e portanto, penso que saímos todos a ganhar e representa a assunção e mais um ponto aqui está a ser bem definido, naquilo que o compromisso que Angola tem com as energias”, frisou.
Referiu que administração municipal trabalhou com a empresa que vai promover o projecto e assumiu a responsabilidade de fazer o levantamento e o cadastramento destas famílias.