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Antropólogo defende construção de memorial em homenagem às figuras históricas

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  • Huambo • Terça, 10 Setembro de 2024 | 14h18
Antropólogo, Gregório Tchicola
Antropólogo, Gregório Tchicola
Frank Béu-ANGOP

Huambo - O antropólogo e investigador Gregório Tchikola defendeu, esta terça-feira, a necessidade da construção de um memorial em homenagem às figuras históricas da cidade do Huambo, que completa a 21 do corrente mês, 112 anos de existência.

Em declarações à ANGOP, a propósito do aniversário da urbe, o também professor universitário disse ser importante a edificação de um monumento aos mártires da sociedade civil e da famosa batalha dos 55 dias de guerra, entre 9 de Janeiro e 6 de Março de 1993.

Considerou que a cidade evoluiu com a sua gente que se afirmou por via da revolução política, económica, social, cultural, ecológica e religiosa.

Por isso, disse ser necessário retratar os feitos heróicos dos reis como  Livongue e Wambu Kalunga, que travaram a segunda  guerra luso-ovimbundu e outras figuras lendárias que deram o melhor de si, para o desenvolvimento social e cultural nestes 112 anos.

O académico sinalizou que  este procedimento ajudará a eternizar os feitos dos heróis e a história da cidade do Huambo, de modo a passar o testemunho para a nova geração.

Lembrou que esta cidade foi palco de acontecimentos históricos e políticos de maior relevância nacional, onde muitos deles são mártires da sociedade civil e militar, embora anónimos.

No domínio histórico-económico, lembrou que a cidade do Huambo já teve um poder económico sustentável com o funcionamento do parque industrial local, que, actualmente, as autoridades governamentais estão a trabalhar na sua recuperação.

Explicou que esta visão industrial promoveu o desenvolvimento social e económico, assim como no melhoramento das condições de vida da população, constituindo,

Gregório Tchikola sugeriu  a constituição de festivais tradicionais que caracterizam a população, fazendo uma combinação da modernidade com o tradicional, para manter intactos os valores culturais.

Breve historial da cidade do Huambo

Considerada, no passado, por cidade vida de Angola, o nome da urbe, fundada então governador-geral de Angola, general e político português Norton de Matos, se deve ao exímio caçador Wambo Kalunga.

Oriundo da região de Seles, província do Cuanza-Sul, que foi se instalar, no século XV, no território da Caála, nesta região do Planalto Central, nas zonas do Ussombo, Makolo e Kondombe.

Denominada Nova Lisboa em 1928, recuperou o nome anterior após a independência, em 1975.

A cidade do Huambo foi um pólo de desenvolvimento económico, industrial e agro-pecuário e um centro de excelência no domínio académico, nomeadamente na área da investigação agrária e veterinária.

O município do Huambo, um dos 11 da província com o mesmo nome, tem uma população estimada em 900 mil habitantes, distribuídos em três comunas (Calima, Chipipa e Sede, esta última com seis sectores). LT/JSV/ALH





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