Luanda - A antiga Presidente da Libéria, Ellen Johnson, encorajou hoje (quinta-feira), em Luanda, as mulheres africanas a trabalharem de forma árdua, para uma maior inclusão na sociedade e ascensão a cargos políticos, administrativos e sociais.
Ellen Johnson, de 84 anos de idade e primeira estadista africana, fez este pronunciamento no primeiro painel do I Fórum Internacional da Mulher para a Paz e Democracia, que decorre até sexta-feira na capital angolana, sob o lema “a inovação tecnológica como ferramenta para o alcance da segurança alimentar e combate à seca no continente africano”.
Na sua dissertação sobre “os desafios da globalização no processo de empoderamento do género”, Ellen Johnson falou da sua carreia e da experiência política no seu país.
Para a ex-Presidente da Libéria, as mulheres africanas devem ser fortes, determinadas, arriscadas e acreditarem que podem ocupar cargos de liderança nos seus respectivos países.
A antiga estadista liberiana destacou o papel das mulheres na luta pelos seus direitos e oportunidades.
Segundo Ellen Johnson, existem em África e a nível internacional muitas jovens que já não aceitam ser marginalizadas.
“Nenhuma mulher pede para ser eleita num determinado cargo. Elas exigem porque são capazes e corajosas”, exprimiu a responsável que defendeu a necessidade do aumento de cargos para mulheres, de 30 por cento, estipulado pelas Nações Unidas, para 50 por cento, pelo facto desta franja da sociedade ser a maioria da população.
Ellen Johnson foi a primeira mulher em África a se tornar Presidente, tendo liderado a Libéria de 2006 a 2018, período em que combateu o desemprego, a dívida pública e a epidemia do ébola.
Em 2011, a responsável ganhou o Prémio Nobel da Paz, por lutar pela segurança e direitos das mulheres. AFL / OHA