Huambo - Perto de vinte mil pessoas de regiões recônditas das províncias do Bié, Cuando Cubango, Lundas-Norte e Lunada-Sul beneficiam do sistema de comunicação disponibilizado pelo AngoSat-2, por via do programa “Conecta Angola”, soube a ANGOP.
A informação foi prestada, esta sexta-feira, pela directora adjunta para área Técnica e Científica do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional(GGPEN), Vangiliya Pereira, à margem do II Conselho Consultivo do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, decorrido na cidade do Huambo, sob o lema “Conectar e Comunicar para a Cidadania”.
A responsável disse que o projecto “Conecta Angola” faz parte do programa de expansão do sistema de comunicação no país, para estimular o desenvolvimento social e económico local.
Explicou que o AngoSat-2, com uma operação técnica, tipicamente de quadros angolanos, está a permitir a flexibilização do sistema de comunicação processada, através da rádio, televisão, redes sociais e telemóveis nas regiões recônditas do país, que caminharam décadas sem infra-estruturas .
Lembrou que estas áreas localizadas, na sua maioria, nas comunas destas províncias, nunca tiveram comunicações por via de instituições convencionais, como a Unitel e a Angola Telecom, numa altura em que se desenvolvem projectos pilotos para depois partir para a expansão do programa para outras áreas do país.
Disse que este processo de flexibilização da comunicação é desenvolvido, em parceria com Angola-Telecom, do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento das Comunicações (FADCOM), da Infrasat Angola e do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação (INFASI).
Vangiliya Pereira afirmou que o AngoSat-2 irá providenciar serviços de comunicação variados do sector comercial em busca da eficiência e a ampliação do sinal no país e vai facilitar a disponibilização de banco de dados de imagens por satélite para observação da terra, para segmentos econômicos, agrícolas, infra-estruturas e planeamento da cidade e a monitorização de derrame de petróleo na costa marítima.
A responsável explicou que Angola é um dos poucos países africanos que já faz parte do programa Artemis da NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço americano) depois do lançamento do AngoSat-2 em órbita.
Acrescentou que o GGPEN está a dinamizar, no âmbito deste programa, os projectos massivos de formação de quadros nas áreas Tecnológicas Espaciais, para o impulsionamento e gestão do AngoSat em órbita, com foco na redução da independência externa.
Neste âmbito, conforme salintou a responsável, o GGPEN contribuiu na graduação de 600 angolanos, entre licenciados, mestres e doutores, em matérias espaciais ao longo dos últimos dez anos.
O programa de satélite angolano em órbita (AngoSat-2) é operacionalizado por 45 técnicos nacionais.
Constituíram o ponto fulcral da reunião, orientada pelo ministro, Mário Augusto da Silva Oliveira, a apresentação do plano estratégico e os projectos do sector do MINTTICS, dos programas dos subsectores da Comunicação Social, das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e o plano de reestruturação e modernização das empresas públicas do sector.
Participaram no evento, os secretários de Estado do MINTTICS, conselhos de Administração das empresas do sector, dos directores nacionais e directores gerais de instituições tuteladas, consultores, directores dos gabinetes de Comunicação Institucional, adidos de imprensa, directores dos gabinetes provinciais da Comunicação Social e associações parceiras. LT/JSV/ALH