Luanda - O estado actual da Agência Angola Press (ANGOP) está a ser avaliado desde esta quarta-feira, em Luanda, no VI Conselho Consultivo, que decorre sob o lema “ANGOP – Expandir a Comunicação para Reforço da sua Afirmação”.
Durante três dias (18 a 20), os delegados das 18 províncias do país vão debater questões relevantes ao processo evolutivo da empresa em diversas matérias, como o plano de actividades para o próximo biénio, a análise do regulamento das delegações provinciais, bem como a avaliação do grau de execução das recomendações saídas do V Conselho Consultivo realizado em 2021.
Segundo o Presidente do Conselho Administrativo da ANGOP, Josué Salusuva Isaías, este VI Conselho Consultivo da ANGOP pretende buscar novas ideias para tornar clara e consolidadas as linhas de actuação dos jornalistas, no quadro da estratégia para a melhoria da cobertura em todo o território nacional e no exterior do país.
A intenção, adiantou, é tornar cada vez mais fluida a interacção entre a sede e as delegações provinciais, uniformizando os procedimentos, de forma a facilitar as operações administrativas e financeiras.
Neste caso, o PCA avançou que a empresa conheceu várias transformações, ao nível da cobertura jornalística, com a criação de seis escritórios em Luanda, nomeadamente Ramiro, Cacuaco, Cazenga, Maianga, Talatona e Zango.
Essa acção, sublinhou, foi desenvolvida devido às constantes dificuldades encontradas na colocação de equipas de reportagem em diferentes pontos da capital, bem como a actual geografia da cidade, dispersão demográfica e os problemas de mobilidade.
O PCA da ANGOP apontou ainda a evolução multimédia, que passou de mero coadjuvante para actor principal, no processo de cobertura e difusão noticiosa, passando a realizar trabalhos de iniciativa própria e em directo nas redes sociais.
No que toca as províncias, Josué Salusuva Isaías referiu que, além das delegações localizadas nas sedes, a ANGOP está a envidar esforços para a colocação de subdelegações em alguns municípios, cujo critério de selecção tem se baseado no volume de projectos de desenvolvimento do Governo, concentrado num determinado município, para permitir o seu acompanhamento, em termos de cobertura noticiosa, evolução e relevância.
No plano técnico e tecnológico, o PCA deu a conhecer que foram introduzidos dois sistemas de controlo, o primeiro de todos os cativos tecnológicos da sede e províncias, permitindo que, em tempo real, se consiga verificar os equipamentos ligados e desligados, impressoras, telefones e outros meios.
O segundo permite a impressão centralizada, tornando possível uma maior poupança de recursos financeiros.
Apontou ainda a implementação do IPTV, que permite aos jornalistas gravarem conteúdos de televisão e rádios nacionais em off line.
A ANGOP foi criada em Julho de 1975, com a denominação de Agência Nacional Angola Press (ANAP). No início, os seus trabalhos eram distribuídos sob a forma de boletim impresso, até que, no dia 30 de Outubro do mesmo ano, lançou o seu primeiro despacho telegráfico.
Anualmente, comemora-se, a 30 de Outubro, o aniversário da Agência.
No dia 2 de Dezembro de 1975, a agência adoptou a sua actual e definitiva denominação "Agência Angola Press", ao lançar, nesta data, o seu primeiro despacho com a sigla ANGOP.
A 2 de Fevereiro de 1978, foi transformada em órgão Estatal, através de um decreto presidencial.
Do ponto de vista informativo, a ANGOP optou, em 1991, pela emissão do seu trabalho 24 sobre 24 horas, e introduziu também inovações nos planos editoriais e técnicos. ANM/VM