Lisboa (Da correspondente)- Angolanos residentes em Setúbal manifestaram sábado, naquela cidade, interesse dos filhos nascidos em Portugal obterem o bilhete de identidade (bi), para poderem participar nas próximas eleições gerais em Angola, marcadas para 2022.
Durante um encontro de auscultação do Embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, com a comunidade angolana residente em Setúbal, os interessados lembraram terem o direito de obter a nacionalidade angolana, apesar de terem documento que lhes atribui a cidadania portuguesa, porquanto os seus progenitores são nacionais.
Conceição Dias dos Santos, residente em Portugal há mais de 27 anos, realça ter uma filha de 22 anos que não possui o bilhete angolano.
Já Danilson Kidido refere que tratar documento angolano tem sido difícil, porque muitas das vezes a informação não flui.
O consulado de Angola em Lisboa já realizou várias campanhas de registo e tratamento de bi, mas que as vezes passava despercebido, porque a informação não era bem propagada.
Considera serem necessárias mais campanhas de género, devendo os serviços irem ao encontro das comunidades.
Por sua vez, o embaixador Carlos Alberto Fonseca disse terem sido anotadas todas preocupações, que deverão ser resolvidas junto das instituições correspondentes.
Enfatizou ser importante que o concidadão tenha os seus documentos em dia, para evitar constrangimentos.
Informou que em Janeiro de 2022, se dará início ao processo de registo oficioso, acção que vai permitir que todo cidadão angolano exerça o seu direito de voto nas próximas eleições.