Luanda – A República de Angola conquistou dois primeiros lugares (categorias de Rádio e Televisão) e um segundo lugar (Imprensa) do Prémio SADC de Jornalismo Edição 2022, soube-se esta quarta-feira, em Kinshasa (República Democrática do Congo).
O anúncio oficial ocorreu no decurso da 42ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que decorre de 17 a 18 do corrente mês, com a participação de uma delegação angolana chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, que representou o Presidente João Lourenço.
Nas categorias de Rádio e Televisão, Angola venceu a concorrência, conquistando o primeiro lugar, com trabalhos apresentados a concurso pelos jornalistas Aristides Kito (da Rádio Nacional de Angola-RNA Cuando Cubango) e Cândido Calombe (da Televisão Pública de Angola-TPA Zaire), respectivamente.
Em Rádio, categoria em que estiveram em disputa quatro propostas, o trabalho angolano, com o título “Impacto da praga de gafanhotos na segurança alimentar da SADC”, enquanto em Televisão, onde perfilavam cinco concorrentes para a vitória, o trabalho vencedor tem como título “Importância do Rio Zaire na SADC”.
No que diz respeito à categoria de Imprensa, o concorrente de Angola, Jaquelino Figueiredo, do Jornal de Angola, apresentou o trabalho intitulado “Comércio transfronteiriço entre Angola e RDC – Uma rota comercial procurada mas que precisa remover obstáculos”, que trata da rota comercial na fronteira entre Angola e o Congo Democrático, ambos países membros da SADC.
Nenhum angolano participou, este ano, na categoria de Fotojornalismo, que contou com seis concorrentes nesta edição dos Prémios de Jornalismo da SADC.
Assim sendo, os jornalistas Aristides Kito e Cândido Calombe, respectivamente da RNA e da TPA, receberão um prémio monetário individual de USD$2.500,00 (dois mil e quinhentos dólares norte-americanos), pelo primeiro lugar conquistado nas categorias de Rádio e Televisão, enquanto a Jaquelino Figueiredo caberá o montante USD$1.000,00 (mil dólares), pelo segundo lugar na categoria de Imprensa.
Este ano, o prémio teve como tema central a promoção da integridade e cooperação dos países membros da SADC. O concurso esteve aberto a todos os jornalistas, enquanto cidadãos de um país membro da SADC, cujos trabalhos foram publicados de 01 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2021.
História da participação angolana
Aristides Kito repete a vitória nesse concurso, após ter merecido o galardão na edição de 2020, com uma reportagem sobre o Monumento em memória à Batalha do Cuito Cuanavale, enquanto Santos Pedro classificou-se em segundo com uma fotografia sobre a consolidação da unidade regional durante a celebração do Dia da Libertação da África Austral.
Na edição do Prémio SADC de Jornalismo 2021, Angola conquistou o 1.° lugar na categoria de Imprensa, com um artigo da autoria do jornalista José Luís Mendonça, intitulado “a síndrome do isolamento cultural entre as nações da África Austral”.
A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) foi criada em 1992 e tem a sua sede em Gaberone (Botswana). Essa organização regional é composta por 15 países (África do Sul, Angola, Botswana, Lesotho, Madagáscar, Malawi, Ilhas Maurícias, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seycheles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia, e Zimbabwe).
O principal objectivo da SADC é preservar a paz e a segurança na região. Através da integração desses países, pretende-se alcançar o desenvolvimento económico, desenvolver políticas comuns, proporcionar a consolidação dos laços históricos, sociais e culturais entre os povos da região.
O Prémio SADC de Jornalismo foi instituído em 1996, para reconhecer e estimular o trabalho dos profissionais da comunicação social que concorrem para os objectivos da integração e desenvolvimento da região.
As candidaturas foram aceites pelo Comité Nacional de Adjudicação (CNA-Angola) do Prémio SADC de Jornalismo 2022, nomeado em Fevereiro do ano em curso pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, e avaliadas pelo Júri da organização regional.
O CNA-Angola, que tem como supervisor o Coordenador Nacional de Midia da SADC, João Demba, integra Anastácio de Brito (presidente), Fernando Tati (jurado para Imprensa), Mariana Ribeiro (jurado para Televisão), Arlindo Macedo (jurado para Rádio) e Quintiliano dos Santos (jurado para Fotojornalismo).