Luanda - Mil e 500 novos casos de cancro da mama foram registados no país, pelo Centro Nacional de Oncologia, no período de Janeiro de 2020 a Outubro de 2021.
Actualmente, de acordo com o director do Instituto Angolano de Controle de Cancro, Fernando Miguel, essa unidade realiza 300 consultas e rastreios por mês.
Dados oficiais indicam que o cancro está entre as quatro principais causas de morte em Angola, depois da malária, das doenças diarreicas agudas e dos acidentes de viação.
De acordo com o Instituto Angolano de Controlo do Cancro, só em 2020, o país registou um total de 198 novos casos de tumor maligno.
Entretanto, Fernando Miguel, explicou à ANGOP, à margem da quarta edição do projecto "Outubro Rosa", tratar-se de uma doença silenciosa que já requer atenção.
Atendendo o aumento de casos no país, o especialista considerou necessário os cidadãos, principalmente os maiores de quarenta anos, fazerem, no mínimo, duas consultas anuais de rastreio de cancro.
"As mulheres que já tenham vida sexual activa devem, de dois em dois anos, fazer o rastreio do cancro do colo do útero, e os rapazes devem fazer o rastreio do cancro da próstata", aconselhou o médico.
A quarta Edição da Semana Rosa Angola, que decorreu de 1 a 30 de Outubro, viabilizou a realização de cinco acções de rastreio, numa sessão em que foram atendidos 300 cidadãos: 250 mulheres e 50 homens.
Desse número, 30 foram encaminhamos às consultas de especialidade.
Dados da OMS indicam que o número de pessoas com cancro chegou a 19,3 milhões em 2020, altura em que cerca de 10 milhões de indivíduos morreram, vítimas da doença.
Segundo os números, o cancro é a segunda principal causa de morte no mundo, com 90% do número global de vítimas fatais em países de baixa e média rendas.
Actualmente, uma em cada cinco pessoas em todo o mundo desenvolve cancro durante a vida, sendo que um em cada oito homens e uma em cada 11 mulheres morrem de cancro da mama.
De acordo com os dados da OMS, o câncer da mama afecta cerca de 11,7% dos novos casos, seguido pelo cancro de pulmão (11,4%), do colo retal (10%) e da próstata, (7,3 por cento).
Com base nos números, o cancro também é uma das principais causas de morte de jovens e adolescentes, com cerca de 400 mil crianças diagnosticadas a cada ano.