Luanda- Angola juntou-se, desde o dia 10 do corrente mês, aos demais Estados-membros, numa sessão especial organizada pelo Conselho Executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a precariedade da situação sanitária em Gaza, território palestino ocupado.
Na reunião de emergência sobre a saúde em Gaza organizada a pedido de 17 Estados-membros do Conselho Executivo da OMS e realizada na sede Organização em Genebra, Suíça, em formato híbrido (presencial e por vídeo conferência), Angola considerou oportuna a sessão especial do Conselho Executivo e expressou o apreço pela oportunidade para serem discutidas terríveis condições humanitárias no território palestiniano ocupado.
Na ocasião, a Representante Permanente de Angola junto das Nações Unidas e de outras Organizações Internacionais, em Genebra, Margarida Izata, fez referência a todas as resoluções e decisões relevantes adoptadas pela Assembleia Mundial da Saúde (AMS) sobre este assunto, e partilhou a preocupação de Angola com a tragédia humana, a humanidade e as condições de saúde observadas actualmente nos territórios palestinianos ocupados, particularmente na província de Gaza.
Por outro lado, saudou todas as iniciativas multilaterais conducentes a reduzir substancialmente o sofrimento de todas as vítimas do conflito desnecessário e a preservar a dignidade dos povos palestiniano e israelita, bem como a segurança dos profissionais de saúde da ONU destacados no epicentro do conflito em curso no Médio Oriente.
Angola apoiou igualmente a resolução hoje submetida para consideração dos Estados-membros, e convidou outros Estados comprometidos com a causa humana a juntarem-se à iniciativa.
O Conselho Executivo da OMS é composto por 34 membros tecnicamente qualificados na área da saúde. Os membros são eleitos para mandatos de três anos. As principais funções do Conselho são, nomeadamente dar cumprimento às decisões e políticas da Assembleia Mundial da Saúde, aconselhá-la e, em geral, facilitar o seu trabalho, bem como preparar a agenda da próxima Assembleia Mundial da Saúde.
O director-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, apresentou estatísticas registadas num contexto de guerra intensa, e questões ligadas a saúde.
Tedros Adhanom Ghebreyesus lamentou a perda de mais de 100 profissionais da ONU em Gaza e disse que as necessidades de saúde aumentaram dramaticamente e a capacidade do sistema de saúde foi reduzida para um terço do que era.
“A OMS está no terreno em Gaza, ao lado dos nossos parceiros, para apoiar os profissionais de saúde, que estão física e mentalmente exaustos e que fazem o seu melhor em condições inimagináveis”, salientou.
“Lamento os ataques bárbaros e injustificáveis do Hamas a Israel no dia 7 de Outubro, que mataram mais de 1200 pessoas. Estou consternado com os relatos de violência baseada no género durante os ataques e com os maus-tratos infligidos aos reféns”, referiu.
Com efeito, disse estar aliviado pelo facto de 114 reféns terem sido libertados e reiterou o seu apelo para que os restantes reféns sejam libertados.
Para ele, o impacto sobre a saúde em Gaza é catastrófico, e as estatísticas indicam que mais de 17 mil pessoas já terão morrido em Gaza, incluindo 7.000 crianças – e não outras soterradas sob os escombros das suas casas, em número indeterminado.Somam-se mais de 46.000 feridos, 1,9 milhões de pessoas deslocadas.
Deste modo, quase toda a população da Faixa de Gaza e procuram abrigo onde quer que o encontrem e à medida que mais e mais pessoas se deslocam para áreas cada vez mais pequenas, a sobrelotação, combinada com a falta de alimentação, água, abrigo e saneamento adequados, estão a criar as condições ideais para a propagação de doenças.e outras condições sobre a saúde naquela zona igualmente preocupantes.
Todos os Estados-membros da ONU e representantes de outras instituições interessadas, bem como Organizações Não Governamentais que participaram no diálogo foram unânimes em apelar aos directamente interventivos na situação para adoptarem a Resolução na mesa a fim de permitir a implementação do cessar-fogo imediato e criação de condições para a efectiva assistência humanitária a todas as vítimas.
O Conselho Executivo da OMS é composto por 34 membros tecnicamente qualificados na área da saúde. Os membros são eleitos para mandatos de três anos. As principais funções do Conselho são, nomeadamente dar cumprimento às decisões e políticas da Assembleia Mundial da Saúde, aconselhá-la e, em geral, facilitar o seu trabalho, bem como preparar a agenda da próxima Assembleia Mundial da Saúde. JAM/ART